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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Descartes e o modelo de desenvolvimento

Vivemos, atualmente, uma crise ambiental sem precedentes. Essa crise, pode-se dizer, vem sendo construída desde a época dos descobrimentos começou a ser urdida com mais intensidade no período da Revolução Industrial (século XIX) e passou a ser mais evidenciada e discutida a partir da segunda metade do século passado. Na realidade, as alterações ambientais acompanham a história da humanidade desde as sociedades mais primitivas, pois o homem sempre procurou adaptar o ambiente às suas necessidades, apropriando-se dos recursos naturais sem levar em conta a necessidade de estabelecer limites para esta exploração.

A antropocentrização do mundo, estabelecida por um modelo cartesiano de desenvolvimento que perdura até hoje, é o que tem determinbado o desenvolvimento econômico, que tem causado um impacto negativo significativo sobre o meio ambiente, deixando a humanidade à beira do colapso, pondo em risco a própria sobrevivência humana.

Atualmente, as atividades econômicas têm buscado satisfazer as ilimitadas necessidades do homem, através da utilização dos recursos naturais, em nome do maior bem-estar social. Mas é paradoxal, que o desenvolvimento atual deixe de pensar nas gerações futuras e promova, para a geração atual, melhores condições de vida sem considerar o equilíbrio ambiental. Nenhuma atividade econômica pode ser viável se a natureza, fornecedora dos insumos e receptora dos resíduos, estiver comprometida. É necessário, pois, uma radical mudança em nosso modelo de produção e consumo. Não basta, agora, portanto, reciclar, reutilizar, repor, é preciso consumir menos e também produzir menos.

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