tag:blogger.com,1999:blog-155039455324369822024-03-12T20:55:42.751-07:00alfa beta ômega – α β ωCULTURA. ECOLOGIA HUMANA. EDUCAÇÃO. LÍNGUA. LITERATURA. MÍDIA.
Níveis de linguagem. Língua escrita e falada. Meios de comunicação e as transgressões da norma culta. Padrão linguístico. Acordo Ortográfico.zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.comBlogger69125tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-72958175818179142222013-03-11T02:03:00.001-07:002013-03-11T02:03:35.659-07:00Recursos Humanos ou Desumanos?<br />
<div style="background-color: white; color: #222222; direction: ltr; font-family: 'times new roman', 'new york', times, serif; font-size: 16px;">
<span style="color: black; font-family: Tahoma;">Assédio moral, mais uma caixa preta no Itamaraty</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'times new roman', 'new york', times, serif; font-size: 16px;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'times new roman', 'new york', times, serif; font-size: 16px;">
<div style="font-size: 12pt;">
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<br /></div>
<div style="font-size: 12pt;">
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<blockquote style="border-left-color: rgb(204, 204, 204); border-left-style: solid; border-left-width: 1px; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin: 0px 0px 0px 0.8ex; padding-left: 1ex;">
<div dir="ltr">
<div style="color: #500050;">
<span lang="PT-BR"><span style="white-space: pre-wrap;"></span>A propósito da recente denúncia de assédio moral contra o Cônsul-Geral do Brasil em Sidney (e também contra seu Adjunto), repercutida em matérias e manifestações em frente ao Palácio do Itamaraty, em Brasília, impõe-se uma certeza: este é momento de abrir a Caixa de Pandora da diplomacia brasileira e discutir publicamente sua arcaica e precária forma de gerir recursos humanos.</span></div>
<div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR">Gritos e xingamentos são a parte mais visível de assédio moral no Itamaraty e nem para esses casos, tão óbvios quanto numerosos, há punição. Inacreditavelmente, porém, esse não é o pior assédio moral a que tantos funcionários, diplomáticos ou não, são submetidos reiteradamente. A maior parte dos casos acorre em silêncio, sobretudo em Postos no exterior, quando o indivíduo está ainda mais vulnerável e distante de qualquer possibilidade de se fazer ouvir. Vários servidores já tiveram que deixar seus Postos porque a “chefia” perseguiu quem se recusou a cumprir ordens sem respaldo legal. Mais numerosos ainda são aqueles que trabalham no setor de administração ou de contabilidade e se viram coagidos a aceitar "interpretações" peculiares do que diz a lei e, pior do que aceitar, a ter que se responsabilizar por elas. Até o momento, a atitude do Itamaraty a priori, a posteriori e ad infinitum tem sido a de classificar qualquer queixa, evocação de direitos ou pedido de esclarecimentos como insubordinação, transformando imediatamente a vítima em culpado. Até quando?</span></div>
</div>
</div>
</blockquote>
<blockquote style="border-left-color: rgb(204, 204, 204); border-left-style: solid; border-left-width: 1px; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin: 0px 0px 0px 0.8ex; padding-left: 1ex;">
<div dir="ltr">
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR">A maioria dos funcionários do Ministério das Relações Exteriores, diplomáticos ou não, são pessoas de comportamento íntegro e grande compromisso com a causa pública. Poucas instituições brasileiras tem funcionários mais bem preparados, devotos e dedicados. Apesar disso, entretanto, a linha tênue entre o público e o privado continua sendo de difícil demarcação. Não deixa de ser curioso notar que o Ministério refire-se a si mesmo como ‘A Casa’. Essa pretensa familiaridade costuma ser invocada, em geral, para justificar todo tipo de abusos,como, por exemplo, legitimar o poder de uma categoria 'funcional' sem mandato oficial ou aprovação por concurso público: as Embaixatrizes. Quem se atreve a contrariá-las, sabe bem a briga que está comprando.</span></div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR">A devoção ao Ministério e a tudo que lhe diz respeito, aí incluídos culto à personalidade, temor reverencial e desejo de emulação, nasce e se exacerba com a promessa de ascensão social meteórica que a carreira diplomática encerra, equivocadamente ou não, no Brasil. Sim, porque em países considerados desenvolvidos a carreira diplomática é uma carreira profissional como outra qualquer. </span><span lang="PT-BR">Mesmo que, há várias décadas, seja a classe média (e não mais a aristocracia de outrora) a que forma a maioria dos diplomatas, passar no concurso do Instituto Rio Branco significa, para um número de indivíduos maior do que o bom senso acharia razoável, transformar-se, numa tacada só, em elite. E a elite quer poder. Como poder de fato só pode ser exercido por poucos, resta o consolo do exercício de poder sobre os "inferiores" hierárquicos. Assim, não é difícil imaginar que a vontade de exercer poder resulte, com grande frequência, em assédio moral e outros desmandos. <span lang="PT-BR">Os "inferiores" hierárquicos vivem, então, à mercê da vaidade, das frustrações, da ganância, do desequilíbrio e dos desatinos de seus "superiores" e, até hoje, a "Casa" nunca lhes permitiu reagir ao assédio, nunca garantiu direito de defesa e, consequentemente, nunca puniu ninguém</span></span></div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR">Por mais que os tempos tenham mudado, ainda persiste na "Casa" uma noção monarquista que leva a crer que funcionários públicos, de nível superior ou não, são funcionários a serviço de indivíduos e não de uma instituição pública. Espera-se que o funcionário sirva e obedeça cegamente ao chefe, não apenas no trabalho, mas também em sua vida pessoal. Pode até ser justificável que secretárias sejam instadas a se incumbir de aspectos da vida particular de seu chefe para esse tenha tempo de dedicar-se a seu trabalho, mas no Itamaraty, todo inferior hierárquico é "secretária", seja ele concursado, com nível superior, 30 anos de serviços prestados, mestrado ou doutorado. Até mesmo diplomatas recebem incumbências de caráter totalmente privado e as aceitam por medo de comprometer suas carreiras. </span><span lang="PT-BR">Nesse contexto, a hierarquia não é vista como organização do trabalho, mas como direito divino, superioridade da espécie.</span></div>
</div>
</blockquote>
<blockquote style="border-left-color: rgb(204, 204, 204); border-left-style: solid; border-left-width: 1px; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin: 0px 0px 0px 0.8ex; padding-left: 1ex;">
<div dir="ltr">
<div style="color: #500050;">
<div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR">No entanto, ainda mais inacreditável é que o assédio moral não é cometido somente por indivíduos, mas pela própria instituição, ou seja, várias são as evidências de assédio moral estrutural no Itamaraty.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Não deixa de ser uma forma de assédio o que ocorreu recentemente no âmbito dos cuidados com a saúde dos funcionários. <span lang="PT-BR">Com a morte recente de uma diplomata e de uma funcionária administrativa na África, por malária, a única reação do Itamaraty foi a de incluir no formulário de providências de partida uma frase pela qual o funcionário declara ter conhecimento da necessidade de consultar médico antes de viajar e de buscar apoio médico local em caso de enfermidade durante a missão. Ou seja, zero responsabilidade para a instituição.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR">A falta de transparência sobre o número de vagas existentes nas Embaixadas/Consulados/Missões e sobre os salários nesses diferentes Postos no exterior também é mostra de que tais aspectos importantíssimos da vida funcional no Ministério, que deveriam estar publicados e disponíveis para que as famílias pudessem se planejar, são usados como fatores de pressão. Os salários são um mistério até dentro da "Casa", sendo as correções salariais nos Postos informadas por expedientes classificados como reservados e, portanto, de difícil acesso, ao arrepio total da legislação vigente. <span lang="PT-BR">Impedir que os funcionários tenham uma visão clara de suas opções para que somente o interesse da administração impere também é assédio moral.</span></span></div>
<div>
<div style="color: #500050;">
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR">A variação salarial entre os Postos muitas vezes não se fundamenta em estudos aprofundados sobre o custo de vida e/ou sobre o impacto das dificuldades locais sobre o bem estar dos funcionários, como é a praxe internacional, mas sim espelha a opinião ou as amizades de quem manda. Como explicar de outra forma que o salário em Taipei seja o maior pago aos funcionários do Serviço Exterior Brasileiro no exterior e que essa cidade não esteja sequer entre as 50 mais caras do mundo em qualquer pesquisa internacional de custo de vida? Como explicar que uma das 20 cidades mais caras do mundo, Seul, esteja entre os menores salários (o salário de Taipei é 43% maior do que o de Seul)? Como explicar que entre dois Postos na mesma cidade, Montreal, os salários sejam diferentes?</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR"> </span><span lang="PT-BR">Regras não publicadas são tão ou mais fortes e imperativas do que regras publicadas e mudam ao gosto de quem detém o poder, como as regras não escritas das promoções, missões transitórias e das remoções. Nesse caso, o assédio moral vem travestido como "interesse da administração".</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR">Outro aspecto gritante do assédio institucional são os plantões consulares. Funcionários são obrigados a permanecer à disposição e a responder ao público 24 horas por dia, 7 dias por semana, por semanas e, em casos de Postos menores, por meses. A carga horária de trabalho publicada em lei é solenemente ignorada e não há qualquer compensação, apenas punições caso o serviço de "hotline" domiciliar não seja considerado a contento. A lei estabelece que constitui abuso de autoridade qualquer atentado aos direitos e garantias constitucionais assegurados ao exercício profissional (o limite da jornada semanal de trabalho é uma delas) e à inviolabilidade do domicílio.</span></div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR">Não se trata "apenas" de assédio moral. </span><span lang="PT-BR">Já que estamos dispostos, que sejam dados nomes a todos os bois: estamos falando de assédio moral, abuso de poder e violência psicológica.</span></div>
</div>
</blockquote>
</div>
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</div>
zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-75537929966427852182013-03-10T04:34:00.001-07:002013-03-10T04:34:43.543-07:00Carta de Ucho Haddad para a presidenta<br />
<blockquote style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'times new roman', 'new york', times, serif; font-size: 16px;" type="cite">
<h1 style="font-weight: normal !important; margin-bottom: 6pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; outline: invert none 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #cd1713; font-size: 22.5pt; letter-spacing: -1.5pt;">De: Ucho Haddad – Para: Dilma Rousseff – Assunto: O “seu” amigo Hugo Chávez<u></u><u></u></span></h1>
<div style="line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 0pt; outline: invert none 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 10pt;">(*) Ucho Haddad –<u></u><u></u></span></div>
<div style="line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 0pt; outline: invert none 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 10pt;"><a href="http://ucho.info/wp-content/uploads/2013/03/ucho_26.jpg" rel="nofollow" style="color: #1155cc;" target="_blank"><span style="border: 1pt windowtext; color: #cd1713; padding: 0cm;"><img border="0" height="228" src="http://ucho.info/wp-content/uploads/2013/03/ucho_26.jpg" width="300" /></span></a>Dilma, sem pedir licença pela informalidade, você está me fazendo perder a paciência. Primeiro porque em outro colóquio redacional, mesmo que de uma só via, pedi para que não me transformasse em um escravo da escrita, sendo obrigado a redigir diariamente um recado a você. Escravidão é crime e você deve saber disso. Se não souber, pergunte à companheira Maria do Rosário.<u></u><u></u></span></div>
<div style="line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 0pt; outline: invert none 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 10pt;">Dilma, você está equivocada ou alguém lhe disse algo errado. Você foi eleita presidente do Brasil, não dona do Brasil. O máximo que você pode fazer é governar, o que faz muito mal, mas jamais falar em nome do povo brasileiro. Ou será que o despotismo tomou conta do seu ser? Se for isso, me avise, pois assim passo a usar outro tipo de tinta.<u></u><u></u></span></div>
<div style="line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 0pt; outline: invert none 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 10pt;">Estava animado por causa do surpreendente mea culpa que fez na Paraíba, afirmando que o PT “faz o diabo na hora da eleição”, mas você não precisou de 24 horas para colocar tudo a perder. O ditador Hugo Chávez, seu companheiro de ideologias obtusas, estava morto há algumas semanas, mas somente ontem, terça-feira (5), o governo venezuelano resolveu anunciar o fato, porque segurar a enxurrada de mentiras tornou-se impossível.<u></u><u></u></span></div>
<div style="line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 0pt; outline: invert none 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 10pt;">Como carpideira profissional, você, diante de câmeras e microfones, incensou o finado caudilho e disse que ele foi amigo do Brasil e dos brasileiros. Olha, Dilma, o Chávez pode ter sido seu amigo, ter liderado um governo golpista e tirano que fez negócios com o Brasil desde a era FHC, mas em nenhum momento esse senhor foi amigo dos brasileiros. Você pode falar em nome do Brasil como Estado, mas não em nome dos brasileiros. Fale em seu nome, não no meu, no de milhões de brasileiros que torciam para aquele comunista de circo ficar calado.<u></u><u></u></span></div>
<div style="line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 0pt; outline: invert none 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 10pt;">Não estou aqui a comemorar a morte de Chávez, pois já lhe expliquei que torço pela saúde dos meus adversários. Até por você eu já torci. E continuo torcendo para que você tenha vida longa, pois assim terei diariamente uma oportunidade de provar a mim mesmo que meu raciocínio é lógico. Não me comparo aos gênios (sic) que fazem do PT um reduto de parentes de Aladim, mas penso e escrevo com a clareza que incomoda seus assessores.<u></u><u></u></span></div>
<div style="line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 0pt; outline: invert none 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 10pt;">Dilma, sei muito bem como funcionam, no mundo do comunismo boquirroto, essas adulações de encomenda. Um fala bem do outro, que aplaude o seguinte, que reverencia o companheiro, que coloca o ditador amigo nas alturas, que endeusa o caudilho que reina no quintal vizinho e assim vai. É como aquela música do Chico Buarque, “Geni e o Zepelim”. Todos os tiranos são Genis e pedras não faltam nas mãos de cada um para essa troca combinada de gentilezas. Prefiro não comentar aquela parte da música que diz “joga bosta na Geni”, até porque estrume serve como adubo.<u></u><u></u></span></div>
<div style="line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 0pt; outline: invert none 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 10pt;">Dilma, nem mesmo com um colossal esforço do raciocínio é possível admitir que Chávez foi amigo dos brasileiros. Ele foi, sim, amigo dos próprios interesses e patrocinador de transgressões e crimes de toda ordem. E se com essa conduta criminosa Chávez desfilou pelo Brasil e desafiou os brasileiros, é porque você e seus companheiros de petismo são muito frouxos ou, então, foram coniventes. Eu prefiro acreditar que foram coniventes, pois frouxidão na hora da bandalheira os companheiros jamais ostentam.<u></u><u></u></span></div>
<div style="line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 0pt; outline: invert none 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 10pt;">Dilma, o seu amigo Hugo Chávez dava apoio logístico-financeiro aos guerrilheiros das Farc, que continuam enviando ao Brasil drogas e armas à vontade. Foi com o apoio financeiro de Chávez que membros das Farc se instalaram nos morros do Rio de Janeiro para comandar o tráfico de drogas. E você teve a coragem de dizer que esse senhor, que por certo agora acerta as contas com o guarda-livros de lúcifer, foi amigo dos brasileiros? Não, Dilma, isso parece um filme de terror. Você deve estar muito estressada por causa dos compromissos e da pressão inerente ao cargo.<u></u><u></u></span></div>
<div style="line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 0pt; outline: invert none 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 10pt;">Dilma, o seu amigo Chávez financiou a Via Campesina, que no sul do Brasil, mais precisamente no Rio Grande do Sul, seu reduto político, aprontou as maiores arruaças em propriedades alheias. Vocês comunistas acham isso engraçado, pois o direito à propriedade só entra em cena quando o prejudicado é algum integrante desse grupo de bandoleiros que se vendem como paladinos da moralidade. Dilma, beirou a sandice você afirmar que Hugo Chávez, o primeiro defunto-presidente na história da América do Sul, foi amigo dos brasileiros.<u></u><u></u></span></div>
<div style="line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 0pt; outline: invert none 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 10pt;">Dilma, o seu amigo Chávez foi quem incentivou o índio-cocalero Evo Morales a desapropriar a planta da Petrobras na Bolívia. E nós brasileiros, que você garante que tinham a amizade de Chávez, pagamos a conta. Chávez também assumiu o compromisso de fazer da Venezuela sócia do Brasil na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, mas até agora não se tem notícia de que um centavo venezuelano tenha sido investido no negócio, que começou com orçamento de US$ 3 bilhões, mas já passou de R$ 20 bilhões e deve consumir pelo menos, fazendo conta rasa, outros US$ 10 bilhões. Quer dizer que Chávez foi amigo dos brasileiros, Dilma? Você está precisando de férias. Olha, Dilma, ainda tem vaga na excursão do seu amigo Chávez.<u></u><u></u></span></div>
<div style="line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 0pt; outline: invert none 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 10pt;">Dilma, pela Venezuela do seu eterno amigo Chávez escoa o nióbio contrabandeado do Brasil. Não vá me dizer que desconhece o assunto, porque esse discurso ensaboado tem a digital do companheiro Lula. Então, se é que entendi direito, quem fecha os olhos para a ilegalidade e enche os bolsos com o contrabando do nióbio é amigo dos brasileiros. Dilma, você, além de perder o juízo, cometeu a ousadia de dizer que a perda de Hugo Chávez é irreparável. Se lhe falta um dicionário da língua portuguesa no gabinete presidencial, pois para Lula não tinha qualquer serventia, enviarei de presente um exemplar no dia do seu aniversário, 14 de dezembro. Eu tenho um motivo sacro e especial para me lembrar dessa data. E o motivo por questões óbvias não é você, porque na minha tômbola a sua pedra ainda não foi cantada.<u></u><u></u></span></div>
<div style="line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 0pt; outline: invert none 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 10pt;">Dilma, irreparável é aquilo que não tem reparo. Você poderá me dizer, elementar meu caro Ucho! Como no PT abundam os gênios, os primos de Aladim, nunca é demais explicar o significado de determinados vernáculos. Só um louco de hospício, que com qualquer batida de palma sai dançando, seria capaz de fazer tal declaração. Dilma, se o reparável um dia sonhou em ser “fulanizado”, a realidade se consumou de forma magistral e irreversível em Hugo Chávez.<u></u><u></u></span></div>
<div style="line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 0pt; outline: invert none 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 10pt;">Dilma, o seu amigo Chávez era a personificação do pecado. Arrisco a afirmar que era um ser bisonho, covarde e errante, cujo nome certamente consta das árvores genealógicas de Josef Stálin e Tomás de Torquemada, tendo como padrinho de crisma política o sanguinário Fidel Castro. Como os respectivos currículos desses três querubins falam por si, qualquer comentário adicional seria exagero de minha parte. Assim como Hitler sonhou em dominar o planeta, Chávez, o seu amigo, Dilma, intentava conquistar a América Latina. Em vez de acionar a câmara de gás, açoitava os adversários esparramando dinheiro imundo aos pés dos mandatários dessas republiquetas de bananas que estão na nossa vizinhança e se igualam ao Brasil.<u></u><u></u></span></div>
<div style="line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 0pt; outline: invert none 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 10pt;">Dilma, você consulta diariamente um preposto do demônio, cumprindo de forma obediente suas ordens, e se rasga em elogios quando um enviado de satanás tem a morte oficialmente anunciada. O Brasil inteiro sabe que você não se dá bem com o Criador, mas, como homem de fé que sou, garanto que Deus sabe muito bem o que faz, além de Ele ter precisão de relojoeiro suíço na escolha da hora.<u></u><u></u></span></div>
<div style="line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 0pt; outline: invert none 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 10pt;">Chávez estava com o prazo de validade vencido, fazia hora extra até como defunto. Mesmo morto ele insistia em levar o jogo para a prorrogação. Estava imóvel, como qualquer ser sem vida, mas queria cobrar os pênaltis.<u></u><u></u></span></div>
<div style="line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 0pt; outline: invert none 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 10pt;">Dilma, Chávez, seu amigo e irmão-camarada, há muito está em outra freguesia, jogando como lateral esquerdo na várzea do além. Continue assim, como chefe da torcida organizada de alguém que se tornou herói porque entre os venezuelanos socializou a miséria. Isso é o auge do talento de alguém que foi incompetente até para ser ditador.<u></u><u></u></span></div>
<div style="line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 0pt; outline: invert none 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: 10pt;">Não se avexe, Dilma, sem constrangimento algum debulhe-se em lágrimas vermelhas, pois assim reza a cartilha desse socialismo criminoso e obsoleto que vocês, salvadores do universo, pregam.</span></div>
</blockquote>
zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-41087925455245946142012-09-22T00:31:00.000-07:002012-09-22T00:31:16.953-07:00Dez razões para levar a sério o Dia Mundial sem Carro<br />
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, Tahoma, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="time" style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, Tahoma, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; margin: 0px; padding: 0px;">
Qua, 19/09/12</div>
<div class="cate" style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, Tahoma, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; margin: 0px; padding: 0px;">
</div>
<div class="entry" style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, Tahoma, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
No próximo sábado (22) celebra-se mais uma edição do Dia Mundial sem Carro. Veja aqui algumas razões que emprestam sentido a essa data.</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
<strong>1) Tamanho é documento</strong></div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
A multiplicação indiscriminada da frota automobilística já é um dos maiores problemas da Humanidade. Na maioria das capitais brasileiras (e mundiais) já não há a chamada “hora do rush”, porque sucessivos congestionamentos em diferentes horas do dia colapsam o trânsito progressivamente. A construção de mais pontes, viadutos, túneis ou vias expressas são paliativos, não resolvem efetivamente o problema, como muitas vezes, indiretamente, contribuem para estimular o uso do carro. A mobilidade urbana se tornou questão central do debate sobre qualidade de vida nas cidades.</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
<strong>2) É bom para a economia?</strong></div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
Estima-se que o setor automotivo responda por aproximadamente 20% do PIB brasileiro. Entre 2009 e 2011, as montadoras de veículos informam ter recolhido em impostos diretos R$ 137 bilhões. Se as montadoras de todo o planeta fossem um país, este seria um dos dez mais ricos do mundo. É bom lembrar que junto às linhas de montagem, orbitam os setores de autopeças e combustíveis, além do mercado de seguros e outros agregados. Se não há dúvida de que os automóveis fazem girar a roda da economia, também é certo que o impacto do crescimento da frota nas cidades tem inspirado outro gênero de contabilidade preocupante.</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; min-height: 1em; padding: 0px;">
Segundo o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de São Paulo, Marcos Cintra, os prejuízos causados pelos engarrafamentos crescentes na cidade somam R$ 52,8 bilhões por ano, o equivalente a mais de 10% do PIB municipal. Um crescimento de 60% nos últimos quatro anos. Se outras cidades incomodadas com os engarrafamentos realizarem cálculos semelhantes, os resultados deverão ser surpreendentes.</div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, Tahoma, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, Tahoma, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
<a href="http://api.ning.com/files/0eVW0BfsgFDcMsLYQhYDKFhCsOHWIxcn7saROelLaTJiX*tO8UXMHmIXtEQ*0h0A02Y37yxJZNIlhYHMsMokYrl9w46wDh2X/CongestionamentopesadoemviadeSoPauloLetciaMacedoG1.png" style="color: #993399;" target="_self"><img class="align-center" src="http://api.ning.com/files/0eVW0BfsgFDcMsLYQhYDKFhCsOHWIxcn7saROelLaTJiX*tO8UXMHmIXtEQ*0h0A02Y37yxJZNIlhYHMsMokYrl9w46wDh2X/CongestionamentopesadoemviadeSoPauloLetciaMacedoG1.png" style="border: 0px none; clear: both !important; display: block !important; height: auto; margin: 4px 0px; max-width: 721px; text-align: center;" width="620" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, Tahoma, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
<strong>Congestionamento pesado em via de São Paulo (Letícia Macedo-G1)</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, Tahoma, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, Tahoma, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
<strong>3) A questão do IPI</strong></div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
Sabe-se que o governo federal reduz periodicamente o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) que incide sobre automóveis, toda vez que o setor reclama de queda nas vendas e risco de desemprego. Essa é uma questão polêmica, uma vez que a medida não vem acompanhada de contrapartidas sociais e ambientais que pudessem justificar tamanha renúncia fiscal. Nos Estados Unidos, o governo Obama socorreu as montadoras com pesadas contrapartidas (manutenção do emprego, maior eficiência e inovação tecnológica na direção de uma nova geração de motores mais econômicos). É lamentável que o dinheiro arrecadado pelo governo com a venda de carros não esteja sendo devidamente investido em transporte público de massa eficiente, barato e rápido. Não custa checar também o quanto as montadoras de veículos instaladas no Brasil transferem em divisas para as respectivas matrizes fora do país.</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
<strong>4) O “carrocentrismo”</strong></div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
No livro “Muito Além da Economia Verde<em>”</em> (Ed.Abril) o professor titular do Departamento de Economia da FEA e do Instituto de Economia Internacional da USP, Ricardo Abramovay, afirma que o automóvel é “a unidade entre duas eras em extinção: a do petróleo e a do ferro. Pior: a inovação que domina o setor até hoje consiste mais em aumentar a potência, a velocidade e o peso dos carros do que em reduzir seu consumo de combustíveis (…) O mais grave é que ali onde houve inovações nessa indústria ela se voltou mais a preencher desejos privados por carros maiores, mais rápidos e de melhor desempenho do que a reais interesses públicos por veículos mais econômicos e de uso partilhado. Foi só em 2007 que, pela primeira vez em 32 anos (houve um precedente logo após a primeira crise do petróleo), a lei americana impôs metas de economia de combustíveis aos veículos fabricados pela indústria automobilística.</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
<strong>5) Lata de sardinha</strong></div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
O sucateamento do transporte público no Brasil –- responsabilidade dos governos –- determina um dos maiores fatores de estresse para milhões de brasileiros. Só quem é passageiro e já passou pelo aperto de um trem, de um metrô, de um ônibus ou de uma barca (experiência desconhecida pela maioria dos governantes, alguns dos quais muito mal acostumados com os batedores que escoltam seus carros oficiais ou vivem refugiados no vai-e-vem de helicópteros barulhentos) sabe o tamanho do desgaste físico e emocional que isso representa.</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
Em boa parte dos casos, quem sofre a agonia diária de chegar ao trabalho exaurido, com a roupa amarrotada e cansado pelas horas de aperto no transporte coletivo, sonha em ter um carro para se livrar desse pesadelo. O raciocínio é mais ou menos o seguinte: melhor sofrer nos engarrafamentos em seu próprio carro, ouvindo um agradável “sonzinho” no ar -condicionado, do que seguir apertado por aí. O que parece ser lógico e justo no campo individual constitui um enorme problema na esfera coletiva. A incompetência dos governos em assegurar o direito constitucional de um transporte público decente agrava a perda da mobilidade urbana numa escala sem precedentes.</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
<strong>6) Uma questão de saúde pública</strong></div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
Os dados são do dr. Paulo Saldiva, pneumologista da USP: quem mora em São Paulo, cidade com o maior número de carros do Brasil, onde a maior fonte de poluição vem justamente do escapamento dos veículos, está vivendo em média dois anos a menos em função de problemas causados ou agravados pela inalação de poluentes presentes na fumaça. São aproximadamente quatro mil óbitos por ano.</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
<strong>7) O maior dos sonhos de consumo</strong></div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
Concebido inicialmente apenas como um meio de transporte, o carro foi ganhando, ao longo de sua história – talvez mais do que qualquer outra invenção moderna – uma <em>representação simbólica</em> que explica o fascínio que exerce sobre as pessoas em todo o mundo há muitas décadas. A publicidade soube trabalhar bem esse sentimento, transformando no imaginário coletivo os carros em metáforas de nossas existências, onde os sonhos de liberdade, poder, força, status social, beleza, juventude, auto-afirmação, a capacidade de desbravar obstáculos antes intransponíveis, a possibilidade de chegar à frente de todo mundo (já reparou que carro só anda sem engarrafamentos em comerciais de TV?) tornaram-se “possíveis” e “ao alcance de todos” com a simples posse de um veículo automotor. Como resumiu uma campanha publicitária recente sobre um determinado veículo: “ou você tem, ou você não tem”.</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
<strong>8 ) O efeito Pateta</strong></div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
Em “Motormania”, desenho animado de Walt Disney do ano de 1950, o dócil Pateta se transforma ao volante em alguém raivoso, egoísta e perigoso (<a href="http://www.youtube.com/watch?v=x_jVumbjoVU" rel="nofollow" style="color: #993399;">veja o vídeo</a>). Alguém que dirige alucinadamente no trânsito oferecendo risco a si próprio e aos outros. Em depoimento registrado no livro “O automóvel: planejamento urbano e a crise das cidades<em>”</em> (Ed.Fiscal Tech), a psicóloga Iara P. Thielen, diretora do Núcleo de Psicologia do Trânsito da Universidade Federal do Paraná, diz que “ as pessoas têm um sentimento de individualismo exagerado. Elas não vêem o trânsito como um fenômeno coletivo. Por isso elas acreditam que, em primeiro lugar, o problema é sempre dos outros, que são loucos e que correm, enquanto que elas apenas exageram <em>um pouquinho</em>”.</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
<strong>9) O impacto sobre o clima</strong></div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
Atualmente a frota automobilística do mundo é superior a 800 milhões de carros. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apenas a China deverá aumentar sua frota de 17 milhões de carros para 343 milhões de carros até 2030. Segundo a secretária de Economia Verde do Estado do Rio de Janeiro, a professora da COPPE/UFRJ, Suzana Kahn, que também integra o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), o setor de transportes é responsável onde por 23% das emissões globais de gases estufa (que agravam o aquecimento global) e cerca de 50% a 70% dos poluentes atmosféricos. Os automóveis sozinhos respondem por metade de tudo isso.</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
<strong>1</strong><strong>0) “A era do automóvel”, por João do Rio</strong></div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
Membro da Academia Brasileira de Letras, João do Rio registrou em 1909, numa crônica profética, alguns dos problemas causados pela multiplicação indiscriminada de automóveis nas ruas das cidades. Note-se que esta crônica foi publicada em 1909 quando apenas 37 automóveis rodavam pelas ruas do Rio de Janeiro, então com 500 mil habitantes. O texto foi reproduzido na íntegra no livro “O automóvel : planejamento urbano e a crise das cidades<em>”</em> (Ed.Fiscal Tech). Destaco aqui apenas o início e o final da crônica:</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
“E subitamente, é a Era do Automóvel.O monstro transformador irrompeu, bufando, por entre os escombros da cidade velha, e como nas mágicas e na natureza, aspérrima educadora, tudo transformou com aparências novas e novas aspirações (…). Automóvel, Senhor da Era, Criador de uma nova vida, Ginete Encantado da transformação urbana, Cavalo de Ulysses posto em movimento por Satanás, Gênio inconsciente da nossa metamorfose!<em>”</em></div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
</div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px;">
FONTE: <a href="http://g1.globo.com/platb/mundo-sustentavel/2012/09/19/dez-razoes-para-levar-a-serio-o-dia-mundial-sem-carro/" rel="nofollow" style="color: #993399;">http://g1.globo.com/platb/mundo-sustentavel/2012/09/19/dez-razoes-p...</a></div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-size: 1em; line-height: inherit; margin-bottom: 0.4em; min-height: 1em; padding: 0px; text-align: center;">
<br /></div>
</div>
zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-43984170414424653032012-09-20T09:57:00.002-07:002012-09-20T09:57:39.703-07:00Cidade Sustentável<br />
<div class="yiv912940013MsoNormal" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<span style="color: #1f497d; font-size: 10pt; font-variant: small-caps; line-height: 1.22em;">Eleições</span><span style="color: #1f497d; font-size: 10pt; font-variant: small-caps; line-height: 1.22em;"></span></div>
<h1 align="left" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; line-height: 1.22em; margin: 0.67em 0px;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;">Por Vilmar Sidnei Demamam Berna*</span></h1>
<div>
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;"><br /></span></div>
<h1 align="left" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; line-height: 1.22em; margin: 0.67em 0px;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;">Cada eleição, especialmente as municipais, é mais uma boa oportunidade para os eleitores e cidadãos mudarem a sua cidade através do voto em alguém melhor, por que o voto nulo só acaba favorecendo aos atuais detentores do Poder, que mereciam ser mudados.</span></h1>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;">Um meio ambiente adequadamente bem cuidado é condição fundamental para a qualidade de vida que todos merecem. Entretanto, meio ambiente não é só cuidar das plantas e dos bichos, mas também das pessoas, pois somos natureza também, e conscientes de nós próprios.</span></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;">Para nos, a realidade é mais que apenas a parte física que vemos, percebemos com os nossos sentidos, mas é também o que sonhamos, as utopias de um mundo melhor que queremos para nós e para nossos filhos, e que começa em nós em primeiro lugar, em seguida à nossa volta, em nossas cidades, para aí sim alcançar o Estado, o País, o Mundo.</span></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;">Os Estados, os países, são abstrações jurídicas. Vivemos, de verdade, é nas cidades.</span></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;">Entretanto, entre nossos sonhos de viver numa cidade melhor, e efetivamente ver estes sonhos transformados em realidade, isso irá requerer muito mais que apenas aprender a votar melhor, mas também a fazer a nossa parte, por que a cidade melhor que queremos não começa em nosso vizinho ou nos políticos, mas começa em nós. Quem espera que o mundo melhor comece no outro, ou está se iludindo, ou está agindo de má vontade para não querer colaborar.</span></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;">A boa notícia é que a sociedade, de uma maneira geral, está cada vez mais consciente ambientalmente. Talvez não saibamos ainda exatamente que caminhos percorrer, como nos desembaraçar das confusões em que nos metemos e dos problemas que criamos, mas seguramente sabemos os caminhos a evitar.</span></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;">E, neste sentido, as questões ambientais ou da sustentabilidade não são privilégio ou domínio deste ou daquele partido, ou ONG, mas é uma responsabilidade comum, de todos, cada um de acordo com sua responsabilidade e capacidade.</span></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;">Os problemas todos já conhecem. Podem ser mais ou menos, diferentes aqui ou ali, mas todas as nossas cidades possuem carências de um estilo de vida baseada no consumismo, no crescimento sem planejamento, no descarte meio irresponsável de nossos resíduos, na pouca importância com que tratamos nosso voto, delegando um poder a representantes que irão agir em nosso nome, definir políticas, aplicar nosso dinheiro, e sequer lembramos o nome deles alguns dias depois das eleições.</span></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;">Entre os principais cuidados para se ter e se pensar uma cidade sustentável está o de romper com a atual tendência da compartimentalização dos assuntos ambientais e da sustentabilidade em estruturas esquálidas, sem recursos, sem importância política, que geralmente são as últimas a saberem dos assuntos na Administração.</span></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;">É preciso ECOLOGIZAR E MUNICIPALIZAR A GESTÃO AMBIENTAL.</span></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;">Preservar o meio ambiente não pode - nem deve - ser tarefa de uma secretaria ou órgão específico, mas de todos, muito menos ser tarefa apenas do poder público, mas também das empresas, ONGs, sociedade em geral.</span></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;">Os caminhos para essa ‘ecologização’ na administração podem ser vários, depende mesmo é da decisão política dos dirigentes e fundamentalmente de indicadores de resultados democráticos e realistas e de um sistema horizontal de comunicação em que todos possam ter amplo acesso às informações de interesse público.</span></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;">Uma sugestão pode ser utilizar a própria estrutura ambiental existente para ampliar a discussão, promover a capacitação necessária, estimular e monitorar a evolução de uma forma de administrar, compartimentalizada, para outra, ecologizada.</span></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;">O atual Conselho Municipal de Meio Ambiente poderia ser fortalecido e valorizado e se tornar a ponta de lança para o debate em torno desta mudança, definir os indicadores e as metas, definir as formas de avaliação de resultados, definir os mecanismos de transparência e comunicação, onde os diversos setores da sociedade, os diversos órgãos dos poderes executivo, legislativo, judiciário poderiam definir que ‘ecologização’ é possível.</span></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;">A iniciativa privada e as ONGs também devem participar, por exemplo, através de seminários e audiências públicas em cada bairro ou comunidade. Outra tarefa fundamental é a capacitação e treinamento dos funcionários municipais para ecologizarem a administração - uma parceria que poderia nascer com as universidades sediadas na cidade -, afinal, a mudança não resulta do acaso e não se pode pressupor que todos dominam este assunto. Esta capacitação já deveria levar em conta a tendência do governo Federal e Estadual de repassar cada vez mais responsabilidades aos municípios, por exemplo, com o licenciamento e fiscalização ambiental.</span></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;">Neste contexto, seria importante instituir uma OUVIDORIA AMBIENTAL, com instalações públicas condignas e aparelhadas para atender a todo cidadão que deseje formular reclamações ambientais, as quais serão processadas e respondidas no prazo máximo de 20 dias, inclusive passando a contar com a LINHA DIRETA AMBIENTAL, um telefone com ligações grátis para recebimento de denúncias e sugestões da população.</span></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="yiv912940013MsoPlainText" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;">Também estabelecer uma POLÍTICA ECOLÓGICA DE COMPRAS na Administração optando por materiais menos agressivos ao meio ambiente, que sejam mais duráveis, de melhor qualidade, recicláveis ou que possam ser reutilizáveis e incluiremos, entre as exigências básicas para contratação de prestadores de serviços e fornecedores, que comprovem a adoção de práticas ambientais de gestão, indicadores de ecoeficiência e de treinamento ambiental de seus funcionários e demonstrem a eficácia dos resultados de projetos de responsabilidade sócio-ambiental corporativas.</span></div>
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<br /></div>
<div class="yiv912940013MsoNormal" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 1.22em;">Vilmar é escritor com 15 livros publicados. Na Paulus, publicou “Como Fazer Educação Ambiental”, “Comunicação Ambiental”, “O Desafio do Mar”, “O Tribunal dos Bichos”, entre outros, e nas Paulinas, “Pensamento Ecológico” e “A Administração com Consciência Ambiental”, transformados em curso à distância pela UFF – Universidade Federal Fluminense. Em 1999, recebeu no Japão o Prêmio Global 500 da ONU Para o Meio Ambiente e em 2003 o Prêmio Verde das Américas. É fundador da REBIA – Rede Brasileira de Informação Ambiental (<a href="http://www.rebia.org.br/" rel="nofollow" style="color: #1e66ae; font-family: Verdana; line-height: 1.22em; outline: 0px;" target="_blank">www.rebia.org.br</a> ) e editor do Portal (<a href="http://www.portaldomeioambiente.org.br/" rel="nofollow" style="color: #1e66ae; font-family: Verdana; line-height: 1.22em; outline: 0px;" target="_blank">www.portaldomeioambiente.org.br</a> ) e da Revista do Meio Ambiente (<a href="http://www.revistadomeioambiente.org.br/" rel="nofollow" style="color: #1e66ae; font-family: Verdana; line-height: 1.22em; outline: 0px;" target="_blank">www.revistadomeioambiente.org.br</a> ). Mais informações sobre o autor:<a href="http://www.escritorvilmarberna.org.br/" rel="nofollow" style="color: #1e66ae; font-family: Verdana; line-height: 1.22em; outline: 0px;" target="_blank">www.escritorvilmarberna.org.br</a> ). Contatos: <a href="mailto:vilmar@rebia.org.br" rel="nofollow" style="color: #1e66ae; font-family: Verdana; line-height: 1.22em; outline: 0px;" target="_blank" ymailto="mailto:vilmar@rebia.org.br">vilmar@rebia.org.br</a></span></div>
<div class="yiv912940013MsoNormal" style="background-color: white; color: #454545; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 15.850000381469727px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<br /></div>
zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-3123912697340290262012-07-04T06:02:00.002-07:002012-07-04T06:02:49.539-07:00Todos somos céticos<small></small><small><div class="time">
ter, 03/07/12</div>
<div class="auto">
por andre trigueiro | G1 Mundo Sustentavel</div>
<div class="cate">
categoria <a href="http://g1.globo.com/platb/mundo-sustentavel/category/sem-categoria/" rel="category tag" title="Ver todos os posts em Sem categoria">Sem categoria</a></div>
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</small><br />
<div class="entry">
<strong></strong> <br />
Jornalista não é cientista, mas quando cobre os assuntos da ciência precisa entender minimamente os procedimentos e valores que regem esta comunidade. O que segue abaixo – em tópicos – é um resumo daquilo que me parece importante destacar sobre a cobertura dos assuntos ligados às mudanças climáticas. <br />
<strong>Quem são os “céticos”?</strong> <br />
A boa ciência, por princípio, tem o ceticismo como precioso aliado. São céticos todos os cientistas que norteiam seus trabalhos sem visões preconcebidas, dogmas ou interpretações pessoais da realidade desprovidas da correta investigação científica. É equivocado, portanto, chamar de “céticos” apenas aqueles que hoje se manifestam contra a hipótese do aquecimento global, ou da interferência da humanidade nos fenômenos climáticos. <br />
<strong>A diferença entre opiniões pessoais e trabalhos publicados </strong> <br />
Todo cientista tem o direito de compartilhar opiniões, impressões ou análises superficiais sobre o assunto que bem entender. Para a ciência, isso é tão importante quanto a opinião manifestada por qualquer leigo. Neste meio, vale o que foi publicado em revistas especializadas, de preferência as que adotam o modelo de revisão pelos seus pares, ou “peer review” em inglês (como a Science ou Nature, para citar apenas as mais famosas), onde o conselho editorial é composto por cientistas que indicarão outros cientistas. Estes terão o cuidado de aferir se a nova hipótese para a explicação de um determinado fenômeno seguiu rigorosamente os protocolos de investigação que regem o método científico. Sem isso, o conteúdo em questão – ainda que emitido por um cientista – se resume à categoria de mera opinião.<br />
Na cobertura jornalística, em havendo controvérsia sobre um determinado assunto, convém verificar a quantidade e a qualidade dos trabalhos publicados. Até o momento, os estudos sobre mudanças climáticas se concentram majoritariamente em favor da hipótese do aquecimento global. As duas correntes científicas, neste caso, não são equivalentes nem proporcionais. Embora ambas mereçam respeito. <br />
<strong>A ciência do clima</strong> <br />
Essa é uma área nova de investigação científica extremamente complexa e imprecisa. Não há certezas absolutas (em ciência, pode-se dizer, nunca haverá 100% de certeza já que a hipótese prevalente pode um dia ser invalidada diante do surgimento de novas evidências) e a controvérsia alimenta o debate na busca daquilo que venha a ser a melhor explicação para o fenômeno observado. O próprio IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) reconhece em seus relatórios as várias incertezas ainda existentes. As modelagens do clima não explicam totalmente as variações de temperatura em função das emissões de gases estufa. Ainda assim, há hoje mais certezas do que dúvidas de que o planeta está aquecendo e que os gases estufa emitidos pela Humanidade contribuem para esse fenômeno. <br />
As oscilações naturais de temperatura do planeta em eras geológicas, a interferência do Sol nos fenômenos climáticos e todas as outras possibilidades que explicariam o que está acontecendo hoje são objeto de inúmeros estudos e pesquisas. Mesmo assim, segundo a corrente majoritária de cientistas, não há, até o momento, outra explicação mais convincente e embasada para explicar as mudanças climáticas, do que a interferência humana. <br />
Foi por isso que a maioria dos países assinou em 1992 o Acordo do Clima (que reconhece essa interferência no fenômeno climático), consolidou em 1997 o Tratado de Kioto (que estabeleceu prazos e metas para a redução das emissões até 2012), e definiu em 2011 o Mapa do Caminho de Durban (que estabelece o prazo limite de 2015 para que todas as nações apresentem seus compromissos formais de redução dos gases estufa para implementação a partir de 2020). <br />
<strong>Teoria da conspiração</strong> <br />
Soa leviano – quase irresponsável – resumir o endosso à tese do aquecimento global de numerosos contingentes de cientistas e pesquisadores de algumas das mais importantes e prestigiadas instituições do mundo a uma conspiração que teria por fim “impedir o crescimento econômico dos países pobres ou emergentes no momento em que eles poderiam queimar muito mais combustíveis fósseis” ou “privilegiar setores da indústria, especialmente européias, que desenvolveram patentes de novas tecnologias para a produção de energia mais limpa e renovável”. É incrível ver como declarações nesse sentido são repetidas à exaustão por pessoas que, em alguns casos, se dizem cientistas.<br />
Com toda franqueza: como imaginar que a maioria absoluta dos países (ricos, emergentes e pobres) com suas muitas diferenças políticas, ideológicas, econômicas e sociais, sejam manipulados de forma tão grosseira em favor de uma gigantesca farsa que teria o poder de burlar a vigilância de suas respectivas comunidades científicas? Essa absurda teoria conspiratória relega a segundo plano a idoneidade, a honestidade intelectual e a autonomia de pessoas físicas e jurídicas do mais alto gabarito, em quase 200 países, que avalizam publicamente a hipótese do aquecimento global, e com influência humana. Em se tratando apenas de personalidades brasileiras, deve-se mais respeito a figuras como José Goldemberg, Paulo Artaxo, Carlos Nobre, Luis Pinguelli Rosa, Roberto Schaeffer, Suzana Kahn, Gylvan Meira, entre tantos outros que são reconhecidos dentro e fora do país, inclusive pela produção acadêmica que lhes afere enorme credibilidade. <br />
Como imaginar que esse suposto “movimento orquestrado em favor do aquecimento global” seja ainda mais poderoso do que o lobby dos combustíveis fósseis (ou mesmo das empresas do setor automobilístico), a quem a hipótese da elevação da temperatura do planeta pela queima de óleo, carvão e gás tanto incomoda por razões óbvias? É inegável o poder que as companhias de petróleo ainda possuem para financiar campanhas, definir políticas públicas e os resultados de Conferências da ONU, como foi o caso recentemente da Rio+20, onde não se conseguiu reduzir em um único centavo aproximadamente 1 trilhão de dólares anuais em subsídios governamentais para os combustíveis fósseis no mundo inteiro. <br />
<strong>A Justiça é cega? </strong> <br />
Merecem registro decisões históricas da Justiça americana – baseadas única e exclusivamente no conhecimento científico já construído sobre o aquecimento global – de que o dióxido de carbono (CO2) é um “gás poluente” (Suprema Corte/abril de 2007) e que o Governo Federal tem competência para regular as emissões de gases estufa (Tribunal de Apelações, semana passada, por unanimidade). Como os juízes não são especialistas no assunto, foram buscar a informação mais confiável e balizada possível na literatura, junto a peritos e instituições renomadas acima de quaisquer suspeitas. Neste caso, o trabalho dos juízes se confunde com o dos jornalistas na busca pela informação mais confiável. <br />
<strong>O risco</strong><br />
Se não há 100% de certeza se os gases estufa emitidos pela Humanidade – especialmente pela queima progressiva de óleo, carvão e gás – contribuem efetivamente para o aquecimento global, por que se deveria apressar investimentos em mitigação (redução das emissões) e adaptação (prevenir risco de mortes e importantes perdas materiais em função dos eventos extremos, elevação do nível do mar etc)? A resposta é simples e leva em conta a mesma lógica que determina a opção por um seguro de vida, da casa ou do carro. Em todas essas modalidades de seguro, a probabilidade de acontecer algo indesejado é muito menor do que aquela que os cientistas apontam em relação ao clima. Ainda assim, muitos de nós consideram sensato recorrer a companhias de seguro para se precaver de eventuais riscos, por mais remotos que sejam. <br />
Há outra questão importante: todas as recomendações do IPCC para que evitemos os piores cenários contribuiriam para um modelo de desenvolvimento mais inteligente e saudável. Reduzir as emissões de gases poluentes, combater os desmatamentos, tratar o lixo e o esgoto, promover a eficiência energética, priorizar investimentos em transportes públicos de massa, entre outras medidas, geram mais qualidade de vida, saúde e bem estar. São as chamadas “políticas de não arrependimento”. Se em algum momento for proposta outra hipótese robusta para as variações do clima, o que se preconiza agora como “o certo a fazer” não deixará de ser “o certo a fazer”. Mudaria apenas o senso de urgência para que os mesmos objetivos sejam alcançados. <br />
<strong>Qual é a prioridade? </strong> <br />
Num mundo onde ainda há tanta pobreza, fome e miséria, pode-se defender como prioridade a canalização de recursos para a solução imediata destes problemas. É um pensamento legítimo. Mas o caminho do desenvolvimento pode ser sustentável e inclusivo. Uma agenda não exclui a outra. Uma questão dada como certa por boa parte dos cientistas é que o não enfrentamento das mudanças climáticas tornará a situação dos pobres e miseráveis ainda mais angustiante e aflitiva. Melhor agir, e logo.</div>zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-50167003853403865682012-06-13T06:21:00.002-07:002012-06-13T06:21:57.103-07:00Bufão: reino da loucura organizada<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<h6>
<span class="messagebody"><span style="font-size: 12.0pt;"></span></span><span style="font-size: 12.0pt;"><br />
<span class="messagebody">por Cláudia Sachs * </span><br />
<br />
<span class="messagebody">Na Idade Média, Igre<a href="" name="_GoBack"></a>ja Católica
amaldiçoava o riso por considerá-lo de origem essencialmente diabólica. Foram
emprestados aos diabos os traços cômicos, e, dessa forma, os bufões encantavam
o público e rompiam com a monotonia e o tom solene que havia nos espetáculos
religiosos. O teatro popular medieval das feiras e praças foi excomungado pelas
autoridades religiosas e até mesmo por decisões de conselhos civis. </span><br />
<span class="messagebody">Pouco a pouco o profano começa a sobrepor-se ao
sagrado, contribuindo assim para a formação de um novo espetáculo. Nas figuras
dos diabos, reaparece o sorriso satírico os malvados, os pecadores, os
tentadores, os heréticos, revestindo-se outra vez, ainda que simbolicamente,
das máscaras do Mimo e das Atellanas. Ambas são figuras satíricas incríveis,
com suas expressões faciais e suas insolências, que conseguiam arrebatar
grandes públicos nas praças, nos burgos lotados pela multidão e nas cortes
principescas. </span><br />
<span class="messagebody">Segundo Serge Martin (1984), o termo "Bufão"
veio da palavra grega que designava o Louco. Desde a Antiguidade até o séc.
XVII, os ricos e poderosos tinham sempre perto deles os Bufões. Na Pérsia,
Egito, e mais tarde na Grécia e em Roma, esses pobres miseráveis, párias
disformes, vinham fazer rir os poderosos, anunciavam-lhes o futuro ou as
vontades dos deuses e eram amiúde convidados a apresentarem-se em festas
nobres. </span><br />
<span class="messagebody">O Bufão é representado na maioria das dramaturgias
cômicas. É um cômico grosseiro, indelicado, obsceno, grotesco. Vertigem do
cômico absoluto, é o princípio orgiástico da vitalidade transbordante, da palavra
inesgotável, da desforra do corpo sobre o espírito, da derrisão carnavalesca do
pequeno ante o poder dos grandes, da cultura popular perante a cultura erudita.
O bufão é o louco, o marginal. Esse estatuto de exterioridade o autoriza a
comentar os acontecimentos impunemente, como uma paródia do coro da tragédia.
Sua fala, a fala do louco, é proibida, porém ouvida. </span><br />
<span class="messagebody">O poder desconstrutor do bufão atrai os poderosos e os
sábios: o rei tem seu bobo; o jovem apaixonado, seu criado; o senhor nobre da
comédia espanhola, seu gracioso; Dom Quixote, seu Sancho Pança; Fausto, seu
Mefisto; Wladimir, seu Estragon. O bufão destoa onde quer que vá: na corte, é
plebeu; entre os doutos, dissoluto; em meio a soldados, poltrão; entre estetas,
glutão; entre preciosos, grosseiro… e lá vai ele, seguindo despreocupadamente
seu caminho. Ele é o princípio vital e corporal por excelência, um animal que
se recusa a pagar pela coletividade e que nunca tenta fazer-se passar por
outro. Ele é o revelador dos outros e nunca fala em seu próprio nome. O bufão
guarda, na verdade, a lembrança de suas origens infantis e bestiais. É um ser
transcendental, visionário e lúcido, que se utiliza do deboche e da paródia
para transmitir sua mensagem. </span><br />
<span class="messagebody">A lascívia é uma das suas características, assim como a
mistura entre linguagem literária e gíria popular, de valores rítmicos de
representação com abundância de gestos típicos e movimentos quase dançados. De
uma maneira geral, os atores que jogam esse estilo exibem um modo de atuar
acrobático, gestos que remetem a uma técnica de corpo não-cotidiana.
Especialmente no teatro popular e na comédia, há outros tipos-personagens e
máscaras que encenam a liberdade sexual, a obscenidade, o prazer, e que, embora
não caracterizados formalmente como bufões, têm sua postura ideológica uma
atitude esca, onde as obscenidades vêm acompanhadas de zombarias a determinados
segmentos da sociedade ou cidadãos. Marcado pela licensiosidade, o bufão é
genuinamente amoral, libidinoso ao extremo, manifestando as emoções com exagero.
Suas necessidades fisiológicas básicas (inclusive as sexuais) podem ser
satisfeitas na presença do público e sem o menor pudor, até mesmo de forma
provocadora. Sua liberdade não se limita ao obsceno: é uma estratégia para
denunciar o absurdo das relações humanas.</span></span></h6>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-87860986694677171342012-05-01T01:26:00.000-07:002012-05-01T01:26:23.161-07:00Bendita é entre as florestas: Caatinga(Texto enviado por Vilmar S. D. Berna)<br />
<div>
<div align="center" class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: center;">
<span><u></u> <u></u></span></div>
<div align="right" class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: right;">
<span>Cristiano Cardoso Gomes é Engenheiro Florestal e Licenciado em Ciências Agrícolas, Mestrando em Ciências Florestais pela UFRPE</span><span style="font-size: 8pt;">.</span><span><u></u><u></u></span></div>
<div align="right" class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: right;">
<span><u></u> <u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span>Quando se fala em florestas, a maioria das pessoas logo lembra a Amazônia, a outros veem a memória a Mata Atlântica, a alguns o Cerrado, um ou outro se lembra da Caatinga. <u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span>Não é raro questionar se a Caatinga é floresta ou mata. Não é difícil ver pessoas surpreendidas quando se diz que a Caatinga é uma floresta. A Caatinga é Mata sim, inclusive na própria epistemologia do nome, quando os reais autóctones dessa nação (os índios) definiram em Tupi esse tipo de vegetação como Mata Branca. O branco em função de a mesma perder as folhas e ficar com aspecto acinzentado e esbranquiçado. <u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span>Não é raro exibir a Caatinga no período que está sem folhas, relacionando sua imagem a aridez e a fome, a um ambiente estéril, pobre, miserável e de baixa diversidade. <u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span> A apologia é sempre para uma vegetação degradada, esgotada, paupérrima, cuja solução é transpor rios, e assistir o povo com bolsas. Raramente diz-se que a Caatinga é o único domínio vegetacional (bioma) exclusivamente brasileiro, e seu potencial e pouco demonstrado.<u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify;">
<u></u><img align="left" alt="DSC00100" height="237" hspace="12" src="http://br.mg6.mail.yahoo.com/ya/download?mid=2%5f0%5f0%5f1%5f24844050%5fAIjTi2IAAHbZT57tYwSKVnDTyHU&pid=3&fid=Inbox&inline=1&appid=YahooMailNeo" width="316" /><u></u><span> A Caatinga é reconhecida pela Conservation International como uma das 37 grandes regiões naturais do Planeta, pois apresenta um conjunto único de espécies e características ecológicas, sendo então considerada como uma das regiões de altíssima prioridade para a conservação. Já a Organização das Nações Unidas para<b> </b>a<b> </b>Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) reconheceu a Caatinga como um ecossistema importante para a conservação, incluindo-a como uma Reserva da Biosfera. O programa de Reserva da Biosfera procura meios de reconciliar a conservação da biodiversidade com o seu uso sustentável, e estimula que países proponentes se responsabilizem em manter e desenvolver essa reserva. <u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span>Mesmo sofrendo os efeitos da antropização e das longas estiagens, a Caatinga possui uma rica diversidade ainda a ser estudada, inclusive no que se refere ao conhecimento local sobre os recursos vegetais, bem como os usos que as populações humanas faziam, fazem e poderão fazer dos recursos (SAMPAIO & GAMARRA-ROJAS, 2002).<u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span>Apesar dos altos níveis de biodiversidade <span lang="EN-US">–</span> incluindo 932 espécies de plantas, dos quais 318 são espécies endêmicas, 187 tipos de abelhas, 240 espécies de peixes, 62 famílias e 512 espécies de aves e 148 espécies de mamíferos - a caatinga é mal protegida (GIULIETTI et al., 2004). A Caatinga representa o menor número de áreas protegidas, e a menor área protegida total de qualquer outro bioma brasileiro (LEAL et al. 2005).<u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<u></u><img align="left" alt="DSC06501" height="245" hspace="12" src="http://br.mg6.mail.yahoo.com/ya/download?mid=2%5f0%5f0%5f1%5f24844050%5fAIjTi2IAAHbZT57tYwSKVnDTyHU&pid=4&fid=Inbox&inline=1&appid=YahooMailNeo" width="326" /><u></u><span>Nesse ano, o semiárido e o domínio vegetacional têm sido impactados por uma grande estiagem, e enquanto a terra racha e os agricultores têm o olhar perdido diante de uma severa seca, a Caatinga esverdeia e reflete o sol. Enquanto governadores, ministros e até a presidenta buscam combater a seca como um exercito ensandecido, a caatinga flora e frutifica como se quisesse falar.<u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span>A vegetação foi e sempre será ao sertanejo, um banco, seja à alimentação de seus animais seja da extração de frutas, fibras, cascas, retirada de lenha para cocção de seu alimento ou produção de carvão.<u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span>Querendo ou não, certo ou errado, sustentável ou insustentável a vegetação é usada. Contudo, os urbistas tendem a querer não enxergar, e condenar o uso, limitando-se a legislar, proibir e dificultar esse uso.<u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span>É fácil ser ecologista e defensor ambiental quando se tem comida na mesa. Difícil é assumir que importante é usar racionalmente a Caatinga. Nesse ano de seca a vegetação sustentará rebanhos, e famílias sobreviverão em função da oferta de vários produtos. A caatinga dará o pão e não permitirá que os animais e as famílias findem pela falta de alimento.<u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<u></u><img align="left" alt="DSC04779" height="230" hspace="12" src="http://br.mg6.mail.yahoo.com/ya/download?mid=2%5f0%5f0%5f1%5f24844050%5fAIjTi2IAAHbZT57tYwSKVnDTyHU&pid=2&fid=Inbox&inline=1&appid=YahooMailNeo" width="307" /><u></u><span>Os governantes precisam não só agir combatendo e mobilizando-se no caos, pois seca não se combate se convive. A seca não pode ser vista como um problema, pois o problema são os homens que não respeitam um ciclo natural nem a força da natureza. A seca é cíclica e só em considerar isso, já se pode pensar em atenuar seus impactos. E mesmo com toda foracidade climática, o domínio vegetacional da Caatinga resplandece nos quinhões do semiárido. Em contraponto a nossa arqueológica calamidade cíclica, acima da linha do equador há muitos invernos rigorosos, e nem por isso escuta-se falar em calamidades alimentares. <u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span>No ano em que os cultivos agrícolas pouco ou nada produzem, a Caatinga demonstra sua resilencia, expondo a sociedade que não há seca que tombe árvores formadas, que ali estão para dá frutos diversos.<u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span>Há trinta anos estudiosos diziam que em 20 ou 30 anos a Caatinga estaria dizimada, nesse período muito foi destruído, contudo a população quase dobrou, o parque industrial ampliou e o PIB e o consumo de energia quadruplicaram, com tudo isso ainda resta quase 40% da vegetação e a caatinga ainda é responsável por 30% da matriz energética nordestina. <u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span>Isso nada mais é do que a demonstração cabal de que caso haja planejamento, essa dádiva que é a Caatinga resistirá e poderá ampliar ainda mais a sua oferta, sobretudo se utilizada com princípios de produção sustentáveis. <u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span>A caatinga é um recurso natural e precisa de políticas efetivas tanto para a preservação como para conservação. O uso de florestas precisa ser pautado na escassa assistência técnica, é preciso incentivar financeiramente e tecnicamente o manejo da vegetação e a recuperação de áreas degradadas e pastagens abandonadas.<u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span>Dezenas de estudos e anos de experiência de técnicos, empreendedores, organismos nacionais e internacionais, atestam que é possível manejar a Caatinga com responsabilidade e sustentabilidade. <u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span>Os sertanejos fazem isso há séculos. Mesmo sem o uso regular da Caatinga, os sertanejos sabem as raízes que podem alimentá-los, as plantas que dão energia, que dão peso aos animais, as espécies indicadas para silagem, as que tratam enfermidades, as plantas nativas e as espécies indicadas para usos específicos, sendo a vegetação um grande shopping de produtos. <u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span>Assim, quando vejo uma carroça de mandacaru, não vejo a dizimação dos mesmos, mas, um método secular de manejo. Enxergo a ciência e a inteligência presente no sertanejo (a), e percebo que apesar da erodibilidade do conhecimento e da maçante campanha de detonação da caatinga, que a caracteriza como um ambiente hostil, os sertanejos sabem sacar sustentavelmente da natureza os recursos para salvar a si e a sua criação. <u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span>Quando um sertanejo (a) mostra como usar esses recursos, devemos construir estratégias de uso sustentável. Precisamos criar meios de garantir e ampliar a eficiência e a sustentabilidade dos recursos naturais, e não espalhar em redes sociais que estão acabando com os mandacarus, que é uma desgraça, que tudo está condenado, que é o fim. Pelo contrário, é o começo, o caminho e a saída. É assim que se convive, pois isso é conviver. O que é bem diferente do combater, tática comumente usada pelo Estado.<u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span>Estratégia é conviver, e é isso que deve ser valorizado, buscado e realizado. A vegetação nos ofertam meios diversos, basta saber colher. <u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span>É por subsidiar, ser resiliente, biodiversa, múltipla e única, que a Caantiga é bendita entre as florestas. <u></u><u></u></span></div>
<div align="right" class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<span>*</span><span><u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal">
<b><u><span>Bibliografia citada:<u></u><u></u></span></u></b></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal">
<span><u></u> <u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span>CONSERVATION INTERNATIONAL, 2003. G<b>randes Regiões Naturais: as últimas áreas silvestres da Terra</b>. Encarte em português. 36p. Disponível em formato eletrônico:<a href="http://www.conservation.org.br/publicacoes/files/" rel="nofollow" target="_blank">http://www.conservation.org.br/publicacoes/files/</a> capa_grandes_regioes.pdf</span><span><u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">GIULIETTI, A. M., ET AL. </span><b><span>Diagnóstico da vegetação nativa do bioma Caatinga</span></b><span>. Pages 48<span lang="EN-US">–</span>90 in J. M. C. Silva, M. Tabarelli, M. Fonseca, and L. Lins, editors. Biodiversidade da Caatinga: áreas e ações prioritárias para a conservação. Ministério do Meio Ambiente, Brasília, 2004.<u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span>LEAL, I.R., DA SILVA, J.M.C., TABARELLI, M., AND LACHER T.E.JR. 2005. </span><b><span lang="EN-US">Changing the course of biodiversity conservation in the Caatinga of Northeastern Brazil</span></b><span lang="EN-US">. </span><span>Conservation Biology 19: 701-706.<u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1620804438MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span>SAMPAIO, E. V. S. B. & GAMARRA-ROJAS, C. F. L.2002. <b>Uso das plantas em Pernambuco</b>. En: TABARELLI, M., SILVA, J. M. C. (org.) Diagnóstico da biodiversidade de Pernambuco. 633-645. Editora Massangana. Recife. <u></u><u></u></span></div>
</div>zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-61445549208790859612012-04-30T04:04:00.001-07:002012-04-30T04:04:17.879-07:00Sustentabilidade: Comunicação e mudança<br />
Por Vilmar S. D. Berna<br />
<br />
Distantes mais de 4 mil quilômetros um do outro, mas unidos com um mesmo propósito. A comunicação ambiental foi o tema de pauta de dois importantes encontros nos extremos do Brasil, o VII Fórum Água em Pauta, em Fortaleza, CE, o 1º Fórum de Jornalismo Ambiental, na Fiema Brasil 2012, em Bento Gonçalves (RS). <br />
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Estes eventos sinalizaram o quanto a sociedade e os profissionais da comunicação estão cada vez mais conscientes sobre a importância estratégica da comunicação como fator de mudança para a sustentabilidade, não só por que promove a democratização da informação ambiental, mas por possibilitar o diálogo e a negociação de conflitos, naturais numa democracia. <br />
<br />
Em Fortaleza, capital do Estado do Ceará, o evento foi organizado pela Revista Imprensa, no VII Fórum Água em Pauta ( www.portalimprensa.com.br/forumagua ), reunindo no auditório do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS técnicos, jornalistas, e outros interessados em torno da pauta da comunicação para a sustentabilidade. O Ceará não foi escolhido por acaso, nem o DNOCS. O órgão completou recentemente 100 anos de existência, um marco num país com tradição de descontinuidade administrativa, e neste período, o DNOCS investiu cerca de 20 bilhões de dólares a preços atuais para tornar o semi-árido nordestino no mais povoado e desenvolvido entre as regiões semelhantes do mundo. O Estado do Ceará tem ainda uma tradição em gestão compartilhada da água que serve de exemplo para o Brasil, através dos seus Comitês Integrados de Bacias. Em 2010, sediou o XII Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas e nos anos ímpares, nos meses de novembro, sedia o Encontro Intercontinental sobre a Natureza - O2, organizado pelo Clodionor Araújo, do Instituto Hidroambiental Águas do Brasil – IHAB, e que tem contribuído para estimular, promover e divulgar o conhecimento técnico- científico sobre a água, meio ambiente e conscientizar a sociedade da importância de proteger e usar racionalmente os recursos naturais para a produção limpa e os negócios sustentáveis, visando a melhoria da qualidade de vida.<br />
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Cerca de 4,2 mil quilômetros de Fortaleza, em Bento Gonçalves, no Estado do Rio Grande do Sul, durante a 5ª edição da Feira Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente, a Fiema Brasil 2012, cerca de 300 expositores nacionais e internacionais demonstravam para um enorme público interessado o quanto a criatividade, o empreendedorismo, o conhecimento técnico-científico em meio ambiente e sustentabilidade já estão disponíveis para a sociedade. Talvez, agora, a maior exigência seja investir ainda mais em comunicação para a sustentabilidade, mostrando que os sonhos já começaram a se transformar em realidade, e que é possível mudar. Para promover o debate sobre sustentabilidade e Meio Ambiente em Pauta – possibilidades, abordagens e desajustes, o Jornalismo Ambiental virtual – a cobertura feita nas mídias sociais, sites e blogs e Rio + 20, a FIEMA realizou seu Iº Fórum de Jornalismo Ambiental (http://www.fiema.com.br/pt/eventos-simultaneos/forum-de-jornalismo-ambiental.html ), com a participação de Ricardo Voltolini, da empresa Ideia Sustentável, Alan Dubner, consultor em Comunicação Interativa, especializado em Mídia Social, integrante do portal Jornalismo Ambiental e Paulina Chamorro, gerente de Meio Ambiente do grupo Estadão e apresentadora das rádios Eldorado e Estadão ESPN, Henrique Camargo, editor do Mercado Ético, Reinaldo Canto, do portal Envolverde, especialista em Sustentabilidade, Cláudia Piche, do Ideia Sustentável.<br />
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Os desafios ainda são enormes, conforme apontados por vários debatedores, principalmente por que a consciência ambiental não é igual para todos. Ainda somos um país com um grande índice de analfabetismo, real e maior ainda funcional, por isso o rádio exerce um papel fundamental como meio de comunicação, não requer a alfabetização nem que o ouvinte tenha de parar seus afazeres. <br />
<br />
Ao lado disso, e apesar da exclusão digital ainda ser enorme, os incluídos digitalmente no Brasil reúnem parcelas significativas e importantes dos segmentos de opinião pública, especialmente entre os formadores e multiplicadores de opinião, o que torna as redes sociais e os blogs em fenômenos de comunicação ainda pouco compreendidos. Se antes, os leitores precisavam de intermediadores para suas relações com a informação e a produção de conhecimento, agora os próprios leitores produzem e divulgam quase instantaneamente textos, imagens, opiniões, comentários, e também mobilizam, protestam, organizam abaixo-assinados, sem fronteiras, sem censura, num processo ainda não tão bem compreendido sobre qual será o papel dos profissionais e dos veículos de comunicação tradicionais neste novo cenário. <br />
<br />
Apesar disso, constata-se um enorme grau de analfabetismo e desmobilização ambiental, não só pela falta de informação ambiental de qualidade e em quantidade suficiente, mas principalmente pela oferta de informações comprometidas com o consumismo e na contramão da sustentabilidade, o que compromete a velocidade da mudança e da mobilização da sociedade. <br />
<br />
A REBIA esteve presente, a convite dos organizadores, tanto através de membros dos Fóruns REBIA NORDESTE, em Fortaleza, quando da REBIA SUL, em Bento Gonçalves, e através do editor da Revista do Meio Ambiente e do moderador da REBIA NACIONAL, Ivan Ruela.<br />
<br />
* Vilmar Sidnei Demamam Berna é escritor e jornalista, fundou a REBIA - Rede Brasileira de Informação Ambiental (www.rebia.org.br ) e edita deste janeiro de 1996 a Revista do Meio Ambiente (que substituiu o Jornal do Meio Ambiente) e o Portal do Meio Ambiente ( www.portaldomeioambiente.org.br ). Em 1999, recebeu no Japão o Prêmio Global 500 da ONU Para o Meio Ambiente e, em 2003, o Prêmio Verde das Américas - www.escritorvilmarberna.com.br<br />zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-35352093898041217742012-03-10T13:22:00.000-08:002012-03-10T13:22:32.387-08:00Aprendizado para a sustentabilidadePor Vilmar Sidnei Demamam Berna*<br />
<br />
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Nossa espécie tem a capacidade de adequar sua visão de mundo até que faça sentido com seus interesses e valores. A realidade é o que é, mas também inclui o que achamos e convencionamos que passará a ser, por que parte dela é matéria e parte é feita dos nossos sonhos, utopias, idéias que dão sentido à existência.<br />
<br />
Nossos atos, comportamento, moral, ética são determinados por essas visões da realidade e, estas, são influenciadas pelas informações e pelos valores que recebemos. <br />
<br />
A informação histórica, por exemplo, nos dá possibilidade de conhecer nossas raízes e herança, as origens das idéias que definem e dão sentido ao mundo como o conhecemos hoje e como isso influência em nossas atitudes e escolhas. Até para que compreendamos que são idéias aprendidas e que elas mudam à medida que mudamos nossas escolhas.<br />
<br />
A idéia predominante hoje é a de que somos os donos da natureza. E ela não é nova. Também não é uma idéia européia. Muito antes dos “Descobridores” terem chegado ao ´Novo Mundo` os povos que os antecederam já tinham se encarregado de extinguir a megafauna, como a preguiça gigante. E nos demais continentes aconteceu o mesmo com o Mamute, o Tigre-dente-de-sabre e tantas outras espécies. Técnicas de caça primitivas, ainda usadas hoje, mostram como deve ter sido. Os caçadores queimavam parte dos ecossistemas obrigando os animais a fugirem até serem encurralados em lamaçais ou locais onde pudessem ser abatidos mais facilmente. O desastre ambiental devia ser enorme a cada caçada. Até aqui, não existiram mocinhos em nossas relações com a natureza. Nossa geração tem a chance de começar a mudar essa história, por que nenhuma antes de nós teve tantos recursos e conhecimentos disponíveis. Não podemos nos livrar de nossa herança biológica que nos coloca na parte da cadeia alimentar reservada aos predadores, mas isso também não significa que tenhamos que agir como pragas que consomem até se extinguirem depois de destruir tudo. Diferente das pragas, temos discernimento para escolher entre o bem e o mal. <br />
<br />
Também não é justo, com os humanos que nos antecederam repudiarmos a herança natural e cultural que nos deixaram. Certos ou errados, graças a eles estamos aqui, hoje. E se temos mais ferramentas e tecnologias do que eles, mais compreensão e conhecimento da natureza do que eles tiveram, não se justifica continuar cometendo os mesmos erros. Nossa geração tem uma oportunidade histórica que nenhuma geração anterior à nossa teve, a de encontrar um caminho de sustentabilidade na nossa relação com a natureza.<br />
<br />
Precisamos encarar o fato de que as máquinas que vieram facilitar a nossa vida foram também as principais responsáveis por aumentar nossa ´pegada ecológica´. A destruição e o uso dos recursos naturais - que antes da Revolução Industrial se dava numa escala artesanal -, passou a se dar numa escala industrial. Nos últimos dois ou três séculos, as gerações que nos antecederam deixaram uma herança cultural e econômica importante, mas também deixaram atrás de si um rastro de destruição ambiental, miséria para a maioria e concentração de riquezas e poder para uma minoria.Talvez este seja o papel da nossa e das próximas gerações, encontrar o equilíbrio entre o direito ao progresso e ao desenvolvimento humano e a sustentabilidade da natureza, o que vai exigir uma mudança radical na forma como pensamos e fazemos as coisas. Podemos não conhecer exatamente como ser sustentáveis, mas não temos alternativas a não ser tentar, aprendendo no próprio ato de caminhar, por que a história não nos inspira com bons exemplos de sustentabilidade.<br />
<br />
A boa noticia é que estamos mudando, e rápido. A escravidão foi abolida e hoje é considerada crime hediondo, assim como o preconceito. Na nossa relação com os animais cada vez menos a sociedade tolera maus tratos sob qualquer argumento e já existe um sentimento de que precisamos promover o bem estar deles. Os povos originais não contatados ainda são mantidos isolados, para viverem da forma que julgarem melhor. Em relação à natureza, cresce cada vez mais o conceito de sustentabilidade.<br />
<br />
Já existe uma forte pressão mundial para que o principal indicador de progresso das nações, o PIB ( Produto Interno Bruto ), não considere apenas indicadores econômicos, mas também sociais e ambientais. Os relatórios de prestação de contas das empresas já incorporam a sustentabilidade como parte do negócio em vez ver como um custo a mais ou um obstáculo no caminho do lucro.<br />
<br />
A má noticia é que entre as idéias - a boa intenção, as leis, as políticas, o discurso - e as boas práticas, ainda existe um enorme vazio a ser preenchido com trabalho duro de gestão, capacitação, sensibilização, treinamento, pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, democratização da informação para a sustentabilidade para que as pessoas possam fazer escolhas diferentes das que nos conduziram à beira de um colapso e, principalmente, exercício de cidadania critica e consciente, por que as mudanças não acontecem por acaso nem são resultados de salvadores da pátria ou de déspotas esclarecidos. <br />
<br />
As mudanças, numa sociedade, para serem duradouras, devem resultar da organização dessa sociedade em torno de seus direitos e no rumo do mundo melhor que deseja. E esta organização e consciência socioambiental têm crescido a cada Fórum Social Mundial, a cada Cúpula dos Povos, a cada nova ONG que é criada para lutar pelos direitos difusos, e, infelizmente, a cada grande acidente ambiental - amplamente divulgado por uma mídia cada vez mais sensível às questões socioambientais. <br />
<br />
O anunciado colapso ambiental já está nos atingindo. Segundo alerta de 1360 cientistas, de 95 países diferentes, que durante 4 anos, de 2001 a 2005, estudaram a situação ambiental global, 60% dos ecossistemas do Planeta já foram alterados. Para ficar só num exemplo - entre tantos outros -, as águas do mar de Aral foram drenadas para a produção agrícola até seu completo esgotamento. E detalhe. Neste caso, não foi pelo Capitalismo ou pela ganância de uns poucos em enriquecer, mas foi num país de regime Comunista, resultado de um planejamento governamental, de uma técnica e uma política comprometida com uma visão de mundo onde apenas os ganhos socioeconômicos foram levados em conta em detrimento dos ambientais. O que também revela que a ciência, a política, a técnica não são neutras. E que não interessa o 'ismo' ideológico que uma sociedade adote; se não respeitar a capacidade de suporte da natureza vai chegar aonde os outros chegaram. Onde antes havia um mar, com navios, peixes e pescadores, agora existe um deserto. <br />
<br />
Ignorar os alertas não livrou civilizações anteriores como a dos Faraós, dos Maias, dos povos da Ilha de Páscoa de se extinguirem após o uso intensivo dos seus recursos naturais, principalmente da água, além da capacidade de suporte da natureza. <br />
<br />
Precisamos aprender com os próprios erros e mais ainda com os erros alheios a fim de não repeti-los indefinidamente. <br />
<br />
Gostamos do conforto de nossas cidades e não saberíamos mais viver sem elas. Mais um motivo para encontrarmos o ponto de equilíbrio que nos permita associar desenvolvimento econômico, justiça social com a capacidade de suporte da natureza. Civilização nenhuma antes da nossa possuiu tantos recursos, conhecimento e informação, oportunidades quanto a nossa. Hoje, sabemos muito bem aonde o mau uso da natureza pode nos levar e sabemos que podemos mudar nossa história.<br />
<br />
* Vilmar Sidnei Demamam Berna é escritor e jornalista, fundou a REBIA - Rede Brasileira de Informação Ambiental (www.rebia.org.br ), em janeiro de 1996 fundou o Jornal do Meio Ambiente e, em 2006, a Revista do Meio Ambiente e o Portal do Meio Ambiente ( www.portaldomeioambiente.org.br ). Em 1999, recebeu no Japão o Prêmio Global 500 da ONU Para o Meio Ambiente e, em 2003, o Prêmio Verde das Américas - <a href="http://www.escritorvilmarberna.com.br/">http://www.escritorvilmarberna.com.br/</a>zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-43386266865451072942012-02-20T19:14:00.000-08:002012-02-20T19:14:09.217-08:00SOLIDARIEDADE: TODOS COM LÚCIO FLÁVIO PINTO<div><span style="font-weight: bold;"></span></div><div><br />
</div><div><span style="font-style: italic;">Não pretendo o papel de herói (pobre do país que precisa dele, disse Bertolt Brecht pela boca de Galileu Galilei). Sou apenas um jornalista. Por isso, preciso, mais do que nunca, do apoio das pessoas de bem. Primeiro para divulgar essas iniquidades, que cerceiam o livre direito de informar e ser informado, facilitando o trabalho dos que manipulam a opinião pública conforme seus interesses escusos</span>. (Lúcio Flávio Pinto, em 14 de fevereiro de 2012).</div><div><br />
</div><div>Uma das principais referências quando o assunto é jornalismo na Amazônia, Lúcio Flávio Pinto, terá que pagar indenização por “ofensa moral” à família de empresário responsável por gigantesco esquema de posse ilegal de terras públicas na Amazônia.</div><div><br />
</div><div>Lúcio, 62, edita o Jornal Pessoal há 25 anos, em Belém, capital do Pará e uma das mais importantes cidades da Amazônia. Em seu jornal, faz uma radiografia minuciosa e crítica da região, o que o tornou um dos maiores especialistas em temas amazônicos. Por isso já recebeu inúmeros prêmios nacionais e internacionais – Esso, Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), Colombe d’Oro per la Pace (Itália) e Committee to Protect Journalists (CPJ).</div><div><br />
</div><div>Mas, por fazer denúncias de ações de grilagem, de fraudes aos cofres públicos e dos erros e desmandos do poder judiciário, o jornalista tem sido alvo de 33 processos desde 1992. Empresários, grileiros, funcionários públicos e magistrados estão entre seus contendores. Já sofreu agressões físicas e verbais por causa de seus artigos, sem declinar o direito de veicular informações de interesse público.</div><div><br />
</div><div>Em 1999, denunciou a ação de grilagem cometida pelo empresário Cecílio do Rego Almeida no Pará. Almeida se apropriou de cinco milhões de hectares de terras do vale do Rio Xingu, área de floresta nativa, rica em minérios e onde é construída atualmente a Usina Hidrelétrica Belo Monte. O jornalista o descreveu como “pirata fundiário” e por isso foi processado. </div><div><br />
</div><div>Em 2006, Lúcio Flávio foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJE-PA) a pagar uma indenização de R$ 8 mil ao empresário, mesmo com a ação criminosa sendo comprovada pelo poder público. Desde essa época recorre da decisão, sem sucesso e ainda que, em 2011, a justiça federal de 1ª instância tenha anulado os registros imobiliários dessas terras, por pertencerem ao patrimônio público, e demitido por justa causa todos os funcionários do cartório de Altamira envolvidos na fraude.</div><div><br />
</div><div>O processo de C.R. Almeida contra Lúcio tem sido marcado por abusos, pois o empresário e autor da ação morreu em 2008, mas a ação prosseguiu, o que contraria a lei. Os herdeiros não se habilitaram para continuar o processo e ainda assim a justiça lhes concedeu esse direito, mesmo fora do prazo. E, mesmo com as petições do jornalista sobre tais ilegalidades, o judiciário estadual manteve a sua condenação.</div><div><br />
</div><div>Para que fosse finalmente ouvido sobre tamanha arbitrariedade e a decisão revogada, Lúcio Flávio Pinto recorreu então ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), instância superior ao tribunal paraense. No dia 7 de fevereiro desse ano, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pargendler, sem analisar o mérito das alegações, negou seguimento ao recurso especial que o jornalista interpôs à decisão do TJE-PA. A decisão é irrevogável. </div><div><br />
</div><div>O jornalista poderia então propor uma ação rescisória para recomeçar sua defesa, mas, diante de tantos reveses na justiça do Pará, assumiu não recorrer e aguardar a execução da sentença. Uma escolha de risco, pois implica perder a primariedade como réu em outros processos.</div><div><br />
</div><div>Sem temer o presente e o futuro, Lúcio Flávio Pinto declarou suspeito o Tribunal de Justiça do Pará e lançou uma campanha pública de arrecadação de fundos para o pagamento da sentença. Para isso, ele conta com o apoio de uma rede formada por cidadãos comuns, seus leitores, conscientes da injustiça que é praticada contra ele ao exercer seu direito de opinião e de informação, valor fundamental à democracia e à dignidade humana. </div><div><br />
</div><div><span style="font-weight: bold;">Participe também! Deposite qualquer quantia nesta conta:</span></div><div><br />
</div><div>Banco do Brasil – Agência 3024-4</div><div>Conta poupança: 22.108-2 (Variação 1)</div><div>Titular: Pedro Carlos de Faria Pinto (irmão do jornalista)</div><div>CPF: 212.046.162-72</div><div><br />
</div><div><span style="font-weight: bold;">Acesse:</span></div><div><br />
</div><div><a href="http://somostodoslucioflaviopinto.wordpress.com/" rel="nofollow" target="_blank">http://somostodoslucioflaviopinto.wordpress.com/</a></div><div><br />
</div><div>Grupo no facebook: Pessoal do Lúcio Flávio Pinto</div>zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-41953487750744380972012-02-16T15:32:00.000-08:002012-02-16T15:32:18.704-08:00O tripé (capenga) da Sustentabilidade, a RIO + 20, os políticos e os eleitoresPor Vilmar Sidnei Demamam Berna*<br />
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O Ministério do Meio Ambiente é um dos menores orçamentos da República. E, ainda assim, consegue perder mais ainda, ano após ano. Em 15/02/2012, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) perdeu 19% dos valores previstos originalmente na Lei Orçamentária Anual. São R$ 197 milhões a menos, dos R$ 1,01 bilhão previsto. Terá para investimentos em 2012 o montante de R$ 815 milhões. No ano passado, o corte no ministério do Meio Ambiente foi de R$ 398 milhões (o equivalente a 37% do montante inicial). <br />
<br />
Em junho teremos a RIO+20, quando o mundo todo estará de olhos voltados para o Brasil. O tema em pauta é a sustentabilidade, com ênfase em três questões, o combate à fome, a economia verde e a governança global. O evento na verdade são dois, como foi na ECO 92. Um oficial, dos líderes de governo, onde as decisões precisam ser por consenso e ainda dependem do aval dos cinco maiores e mais poderosos países e que costumam não gostar muito de regras que imponham limites aos seus modelos de desenvolvimento e governança, em boa parte, raízes dos problemas que o mundo vive hoje. Sorte nossa é que existe outro evento, este organizado pela sociedade civil, com o pé no chão da realidade, e que pressiona pelo mundo melhor que merece e que sabe que e possível. <br />
<br />
Cinco meses depois deste grande evento, o Brasil estará votando para escolher seus novos prefeitos e vereadores, ou para reeleger os que já estão aí. Então, será natural que os candidatos aproveitem qualquer espaço para divulgar suas campanhas. Ainda bem, por que o que a sociedade mais precisa agora - para reencontrar os caminhos entre o sonho e o possível - , é o exercício da boa política, capaz de intermediar conflitos que são naturais numa democracia. A falsa idéia de que político é tudo igual e nenhum presta é um desserviço à democracia e só contribui para manter no poder os maus políticos.<br />
<br />
O Brasil sempre se equilibrou sobre um tripé capenga, tão desproporcionalmente, que praticamente impossível equilibrar-se em pé. Em primeiro lugar, uma exagerada ênfase no crescimento econômico. Em segundo, nas questões sociais, mas no que diz respeito ao econômico, com sua ênfase na inclusão dos excluídos ao mercado de consumo, para aumentarem os lucros do econômico. E, finalmente, em terceiro, com bem pouquinha ênfase, na lanterninha dos interesses da sustentabilidade, as questões ambientais, que com a economia verde, ganha alguma chance de ser considerada pelos setores econômicos interessados em novos nichos de mercado e de lucros. <br />
<br />
É bem comum criticarmos prefeitos, vereadores, governadores, a Presidência da República de não cuidarem direito do meio ambiente. São críticas naturais e até desejáveis, naturais numa sociedade democrática. Entretanto, nem sempre são justas, principalmente quando apenas cobram maior compromisso ambiental e com a sustentabilidade de nossos governantes e dos empresários, mas na hora de votar, ou de consumir, tais questões não são prioritárias para eleitores e consumidores. <br />
<br />
É a maioria que dá força aos poderosos quando os elege e reelege. É essa maioria, com falsos sonhos de consumo, que enriquece os grandes grupos econômicos. Então, para sermos justos, a qualidade dos políticos e dos empresários que temos representa a vontade da maioria do povo brasileiro. E a maioria já foi responsável pela crucificação de Jesus ou pela subida do Hitler ao poder. <br />
<br />
Não conseguiremos sair de uma situação onde o meio ambiente é tratado com pouco caso para outra em que meio ambiente, economia e o social sejam vistos equilibradamente, sem que consigamos chegar à maioria. <br />
<br />
As questões da sustentabilidade ainda não são assunto de mesa de bar, de pagodes, ou de bate papo na esquina – e deveriam ser. E este é um grande desafio para jornalistas, educadores, artistas e todos que lidam com o publico e multiplicam opinião. Falar uma linguagem que seja percebida por todos, traduzirem o ecologês para as carências de nossa sociedade, falar para segmentos da opinião pública que muitas vezes não compreendem como um mico-leão-dourado, uma baleia, ou uma floresta podem merecer mais atenção e recursos que um ser humano que sobrevive dos restos que consegue achar no lixo. <br />
<br />
Somos quase 200 milhões de pessoas, com enorme dificuldade de acesso às informações sobre meio ambiente e sustentabilidade, a não ser aquelas informações que reforçam a idéia de que meio ambiente é assunto de plantinhas e bichinhos, muito bonitinhos e importantes, mas pouco prioritários quando o que estiver em questão for o progresso humano.<br />
<br />
A humanidade está, de certa maneira, diante da mesma mudança radical de ponto de vista proposta por Galileu, que quase morreu na fogueira da Inquisição ao afirmar que era a Terra que girava em torno do Universo, e não o contrário. Não somos nós que somos os donos da natureza. É o contrário. Por mais especial que nossa espécie se considere, a natureza não precisa de nós, mas é o contrário. <br />
<br />
O evento paralelo à RIO+20 permitirá a cada um de nós mostrar que mudamos de visão. As eleições também. A natureza não vota. Então, precisamos votar por ela, não que ela precise de nós para alguma coisa, nós é que precisamos dela. Ou descemos do salto alto da nossa cobiça e arrogância humanas, e reaprendemos a conviver com o Planeta, ou mais cedo ou mais tarde, não teremos mais condições de nos adaptar.<br />
<br />
* Vilmar Sidnei Demamam Berna é escritor e jornalista, fundou a REBIA - Rede Brasileira de Informação Ambiental (www.rebia.org.br ), em janeiro de 1996 fundou o Jornal do Meio Ambiente e, em 2006, a Revista do Meio Ambiente e o Portal do Meio Ambiente ( www.portaldomeioambiente.org.br ). Em 1999, recebeu no Japão o Prêmio Global 500 da ONU Para o Meio Ambiente e, em 2003, o Prêmio Verde das Américas - www.escritorvilmarberna.com.brzacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-35309713098027022482012-02-16T10:29:00.000-08:002012-02-16T10:29:25.418-08:00É doando que se recebe<strong><span style="font-size: medium;">texto de Walcyr Carrasco</span></strong><span><br />
<br />
<strong>Nesta época, gosto de tratar da vida.<br />
<br />
Dou a roupa que não uso mais.<br />
<br />
Livros que não pretendo reler. Envio caixas para bibliotecas.<br />
<br />
Ou abandono um volume em um shopping ou café, com uma mensagem: "Leia<br />
e passe para frente!".<br />
<br />
Tento avaliar meus atos através de uma perspectiva maior.<br />
Penso na história dos Três Porquinhos. Cada um construiu sua casa.<br />
Duas, o Lobo derrubou facilmente.<br />
<br />
Mas a terceira resistiu porque era sólida. Em minha opinião, contos<br />
infantis possuem grande sabedoria, além da história propriamente dita.<br />
<br />
Gosto desse especialmente.<br />
Imagino que a vida de cada um seja semelhante a uma casa. Frágil ou<br />
sólida, depende de como é construída.<br />
<br />
Muita gente se aproxima de mim e diz: Eu tenho um sonho, quero<br />
torná-lo realidade! Estremeço.<br />
Freqüentemente, o sonho é bonito, tanto como uma casa bem pintada. Mas<br />
sem alicerces.<br />
<br />
As paredes racham, a casa cai repentinamente, e a pessoa fica só com<br />
entulho. Lamenta-se.<br />
Na minha área profissional, isso é muito comum.<br />
<br />
Diariamente sou procurado por alguém que sonha em ser ator ou atriz<br />
sem nunca ter estudado ou feito teatro.<br />
<br />
Como é possível jogar todas as fichas em uma profissão que nem se conhece?<br />
Há quem largue tudo por uma paixão. Um amigo abandonou mulher e filho<br />
recém-nascido.<br />
<br />
A nova paixão durou até a noite na qual, no apartamento do 10º andar,<br />
a moça afirmou que podia voar.<br />
<br />
Deixa de brincadeira , ele respondeu.<br />
Eu sei voar, sim! rebateu ela.<br />
Abriu os braços, pronta para saltar da janela. Ele a segurou. Gritou<br />
por socorro. Quase despencaram.<br />
<br />
Foi viver sozinho com um gato, lembrando-se dos bons tempos da vida<br />
doméstica, do filho, da harmonia perdida!<br />
<br />
Algumas pessoas se preocupam só com os alicerces. Dedicam-se à vida material.<br />
<br />
Quando venta, não têm paredes para se proteger.<br />
<br />
Outras não colocam portas. Qualquer um entra na vida delas.<br />
Tenho um amigo que não sabe dizer não (a palavra não é tão mágica<br />
quanto uma porta blindada).<br />
<br />
Empresta seu dinheiro e nunca recebe. Namora mulheres problemáticas.<br />
<br />
Vive cercado de pessoas que sugam suas energias como autênticos<br />
vampiros emocionais.<br />
<br />
Outro dia lhe perguntei: Por que deixa tanta gente ruim se aproximar de você?<br />
Garante que no próximo ano será diferente. Nada mudará enquanto não<br />
consertar a casa de sua vida.<br />
<br />
São comuns as pessoas que não pensam no telhado. Vivem como se os dias<br />
de tempestade jamais chegassem.<br />
<br />
Quando chove, a casa delas se alaga.<br />
Ao contrário das que só cuidam dos alicerces, não se preocupam com o<br />
dia de amanhã.<br />
<br />
Certa vez uma amiga conseguiu vender um terreno valioso recebido em herança.<br />
<br />
Comentei:<br />
Agora você pode comprar um apartamento para morar.<br />
Preferiu alugar uma mansão. Mobiliou. Durante meses morou como uma rainha.<br />
<br />
Quase um ano depois, já não tinha dinheiro para botar um bife na mesa!<br />
<br />
Aproveito as festas de fim de ano para examinar a casa que construí.<br />
<br />
Alguma parede rachou porque tomei uma atitude contra meus princípios?<br />
Deixei alguma telha quebrada?<br />
Há um assunto pendente me incomodando como uma goteira?<br />
Minha porta tem uma chave para ser bem fechada quando preciso, mas<br />
também para ser aberta quando vierem as pessoas que amo?<br />
<br />
É um bom momento para decidir o que consertar. Para mudar alguma coisa<br />
e tornar a casa mais agradável.<br />
Sou envolvido por um sentimento muito especial.<br />
Ao longo dos anos, cada pessoa constrói sua casa.<br />
O bom é que sempre se pode reformar, arrumar, decorar!<br />
E na eterna oportunidade de recomeçar reside a grande beleza de ser o<br />
arquiteto da própria vida.</strong></span> <br />
<div class="x_MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 12pt;"><span></span><u></u><u></u> </div><strong>Walcyr Carrasco</strong> nasceu em 1º de dezembro de 1951 em Bernardino de Campos, São Paulo. Dos 3 aos 15 anos, morou em Marília, onde cursou o primeiro e segundo graus. Mudou-se então para São Paulo e estudou no antigo Colégio de Aplicação da USP, famoso por suas bem-sucedidas experiências educacionais. Formou-se em jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. <br />
<br />
Por muitos anos, trabalhou como jornalista nos principais órgãos de imprensa do país (nas revistas <i>Veja</i> e <i>IstoÉ</i> e nos jornais <i>O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo</i> e <i>Diário Popular</i>), ao mesmo tempo em que iniciava a carreira de escritor com histórias para a revista infantil <i>Recreio</i>.zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-66449420660846132452012-02-15T15:52:00.000-08:002012-02-15T15:52:15.350-08:00Jornalista é condenado por denunciar grileiro de terras públicas na Amazônia<div style="font-family: garamond, times, serif; font-size: 12pt;">Por </div><div style="font-family: garamond,times,serif; font-size: 12pt;">Brenda Taketa</div><div style="font-family: garamond, times, serif; font-size: 12pt;">Jornalista, DRT-PA 1789</div><div style="font-family: garamond, times, serif; font-size: 12pt;">Contatos: (91) 8298-9798</div><div style="font-family: garamond, times, serif; font-size: 12pt;">Messenger: brendataketa@hotmail.com</div><div style="font-family: garamond, times, serif; font-size: 12pt;">Skype: taketabrenda</div><div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div>Começou essa semana na internet um movimento em solidariedade ao jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto, condenado por “ofender moralmente” o falecido empresário Cecílio do Rego Almeida, dono da Construtora C. R. Almeida e responsável por grave tentativa de apropriação ilegal de terras públicas na Amazônia.</div><div> </div><div> </div><div>O jornalista, que é editor do jornal independente Pessoal, teria ofendido o empresário por “pirata fundiário” ao denunciar a tentativa de posse de quase cinco milhões de hectares na região paraense do vale do rio Xingu a partir de registros imobiliários falsos, posteriormente anulados pela justiça federal por se tratar de patrimônio público. Outras duas pessoas também foram denunciadas por Cecílio do Rego Almeida, mas absolvidas pela justiça paulistana que reconheceu a ilegitimidade da acusação, considerando a importância da denúncia para a revelação desse esquema de “grilagem de terras”.</div><div> </div><div> </div><div>Expedida em 2006 pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, a sentença que condena Lúcio Flávio Pinto a pagar indenização à família do grileiro poderia ter sido reavaliada caso o recurso especial submetido junto ao Supremo Tribunal de Justiça não tivesse sido negado pela ausência de documentos exigidos pela burocracia do órgão - “cópia do inteiro teor do acórdão recorrido, do inteiro teor do acórdão proferido nos embargos de declaração e do comprovante de pagamento das custas do recurso especial e do porte de remessa e retorno dos autos”.</div><div> </div><div> </div><div>O valor a ser pago pelo jornalista à família do grileiro será bastante superior aos R$ 8 mil estipulados pela justiça paraense à época da condenação, em virtude da correção monetária necessário para os últimos seis anos.</div><div> </div><div> </div><div>Além da indenização, Lúcio Flávio Pinto também perde a condição de réu primário, o que o expõe à execução de outras ações, entre as 33 que lhe foram impostas nos últimos 20 anos por grupos políticos e econômicos locais, incomodados com as informações e denúncias veiculadas em seu Jornal Pessoal.</div><div> </div><div>“Não pretendo o papel de herói (pobre do país que precisa dele, disse Bertolt Brecht pela boca de Galileu Galilei). Sou apenas um jornalista. Por isso, preciso, mais do que nunca, do apoio das pessoas de bem. Primeiro para divulgar essas iniqüidades, que cerceiam o livre direito de informar e ser informado, facilitando o trabalho dos que manipulam a opinião pública conforme seus interesses escusos. Em segundo lugar, para arcar com o custo da indenização. Infelizmente, no Pará, chamar o grileiro de grileiro é crime, passível de punição”, afirmou o jornalista em nota divulgada em busca de apoio dos leitores.</div><div> </div><div> </div><div><span style="font-weight: bold;">Apoio financeiro – </span>Para ajudar o jornalista a indenizar o grileiro, foi criado um fundo para a arrecadação de doações. Os dados Banco do Brasil, agência 3024-4, conta-poupança 22.108-2, em nome de Pedro Carlos de Faria Pinto, irmão do jornalista e administrador dos recursos.</div><div> </div><div><span style="font-style: italic;">Mais detalhes do caso estão disponíveis em:</span></div><div><br />
</div><div>http://www.direitoacomunicacao.org.br/content.php?option=com_content&task=view&id=8860</div><div>http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/2012/02/14/jornalista-ameacado-somos-todos-lucio-flavio/</div><div><br />
</div><div><span style="font-style: italic;">Para conhecer o jornal Pessoal:</span> </div><div><br />
</div><div>http://www.lucioflaviopinto.com.br/</div></div>zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-63100092272559325732011-12-14T08:03:00.000-08:002011-12-14T08:03:09.352-08:00Ruídos na comunicação ambientalPor Vilmar Sidnei Demamam Berna*<br />
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Os ruídos na comunicação ambiental podem atrapalhar o entendimento sobre consumo, recursos naturais, superpopulação, amadurecimento pessoal ou sobre a neutralidade na informação. <br />
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Quando se faz a crítica ao consumismo, por exemplo, não é ao ato de consumir, em si. Não há nada de errado em consumir. É o que fazemos, do berço ao túmulo. O que se critica é o consumo irresponsável; o desperdício, que destrói recursos que poderiam estar sendo melhor distribuídos; a redução da vida humana às dimensões de produzir numa ponta para consumir na outra, como se ganhar dinheiro e gastá-lo é que fosse o importante, e viver, amar, ser feliz nem tanto, claro, a não ser que tenha o consumo como intermediador.<br />
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Quando se alerta sobre o fato dos recursos naturais serem limitados não significa que não haja recursos no Planeta suficiente para todos. Há, até de sobra. O que se critica é a pegada ecológica desigual, onde uns poucos pegam muito mais que a maioria, só possível por que existe desigualdade social e falta de cidadania consciente e participativa na luta por políticas públicas. <br />
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Quando se alerta para nossa superpopulação de 7 bilhões de humanos, não quer dizer que o Planeta não possa suportar esse número ou ainda mais gente. O que se critica é o fato da população estar se multiplicando numa velocidade muito maior que a capacidade dos governos e dos mercados em prover a todos de infra-estrutura e condições dignas de sobrevivência, produzindo perversa e mesmo deliberadamente uma exclusão social que permite a concentração de renda e poder de uma minoria.<br />
<br />
Também é equivocado imaginar que o mundo melhor que se deseja depende primeiro da evolução pessoal e espiritual dos indivíduos. As pessoas não amadurecem ao mesmo tempo, por isso a mudança para a sustentabilidade requer cidadania crítica e participativa, mecanismos legais e estruturas democráticas que assegurem iguais direitos e oportunidades para todos, em vez de imaginar, como o profeta, que gentileza gera gentileza. Se gerasse, não haveriam tantos estelionatários e pessoas que se aproveitam da boa vontade dos outras para obter vantagens.<br />
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Finalmente, não devemos nos iludir com a idéia de neutralidade em comunicação. Informar é o ato de escolher que parte da verdade queremos Iluminar e que parte deixaremos nas sombras. Logo, o observador interfere diretamente na observação ao comunicar sobre ela. Assim como existem comunicadores a serviço da sustentabilidade, existem comunicadores a serviço de poluidores e organizações que trabalham para garantir privilégios e controle político, social e ambiental, para aumentar seus lucros, doa a quem doer. Refugiam-se na idéia de que apenas realizam o seu trabalho profissional e cumprem ordens. O mesmo argumento do piloto que lançou a bomba nuclear sobre o Japão pulverizando instantaneamente mais de 250 mil pessoas e causando danos a milhões de outras. <br />
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A gente tende a imaginar que todos, em princípio, são bons, até que nos provem o contrário. Mas bondade e maldade existem em todos nós e são questões de escolhas. Nem só de boas intenções são feitos os caminhos da sustentabilidade. Existem pessoas e organizações que tiram vantagem da atual situação e não querem ver seus ganhos e privilégios diminuídos. Então, podem se aproveitar dos ruídos na comunicação ambiental para manterem a opinião pública na dúvida e desmobilizada. À medida que os ruídos são identificados e eliminados, a opinião pública deixará de ser um alvo tão fácil nas mãos dos aproveitadores.<br />
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* Vilmar Sidnei Demamam Berna é escritor e jornalista, fundou a REBIA - Rede Brasileira de Informação Ambiental (www.rebia.org.br ) e edita deste janeiro de 1996 a Revista do Meio Ambiente (que substituiu o Jornal do Meio Ambiente) e o Portal do Meio Ambiente ( www.portaldomeioambiente.org.br ). Em 1999, recebeu no Japão o Prêmio Global 500 da ONU Para o Meio Ambiente e, em 2003, o Prêmio Verde das Américas - <a href="http://www.escritorvilmarberna.com.br/">http://www.escritorvilmarberna.com.br/</a>zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-16336974995277383132011-10-21T14:40:00.001-07:002011-10-21T14:40:45.009-07:00A Europa do CerradoA revista The Economist elaborou recentemente um mapa do Brasil, onde compara os estados brasileiros a países, considerando o PIB, o PIB per capita, e a população. Em termos de PIB, temos no Brasil uma Polônia (estado de São Paulo), uma Cingapura (RJ), ou uma Swazilândia (Roraima). Fica bem claro que a distribuição regional do PIB brasileiro ainda é incrivelmente desigual, com o PIB de São Paulo sendo quase três vezes o PIB do Rio de Janeiro, o segundo estado mais rico da federação, e dezenas e até centenas de vezes maior que o PIB dos estados mais pobres. <br />
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Em termos de população temos dentro do Brasil por exemplo uma Argentina (estado de São Paulo), um Paraguai (Santa Catarina), ou uma Mongólia (Distrito Federal). A heterogeneidade na distribuição da produção parcialmente se explica pela heterogeneidade na distribuição da população sobre o território. Parcialmente, porque o resto da diferença vem de uma enorme desigualdade da renda per-capita. De fato, o que mais impressiona no mapa da The Economist são os dados de PIB per capita. Temos no Brasil uma Tonga (Maranhão, com US$3.327 per capita por ano), e uma Geórgia (Piauí, com US$2.929), mas também uma Rússia (RJ, US$11.786), ou uma Polônia (SP, US$13.331). As desigualdades regionais são naturais e existem em qualquer economia, mas no Brasil as diferenças são gritantes. Nos Estados Unidos, por exemplo, os 11 estados do sul do país que formaram a confederação tiveram suas economias devastadas pela guerra civil. Historicamente sempre foram mais pobres, mas houve um processo de convergência. Hoje, a renda média familiar nesses 11 estados corresponde a 90% da renda média familiar do país como um todo. No Brasil isso ainda está longe de acontecer.<br />
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Então eis que se destaca o incrível Distrito Federal, com US$ 25.062, uma mini-Europa dentro do terceiro mundo. Comparável a uma nação desenvolvida como Portugal, com renda-per-capita de US$23.844. Inexplicável, certo? Um enigma. Como uma unidade da federação que não possuiu parque industrial, não possui vasta produção agrícola pode ter indivíduos com uma renda média de quase duas vezes a renda média do estado mais rico da federação? A chave do enigma tem duas palavras: Governo Federal. A verdade é que o governo no Brasil é um Robin Hood ao contrário. Ele tira dos pobres para dar para aos ricos. Ele tem uma mão pesada que agarra 40% de tudo que é produzido em Tonga, na Geórgia e demais recantos desafortunados do país, inundando nossa mini-Europa do cerrado com dinheiro farto. Esse dinheiro vai remunerar um funcionalismo público, sobretudo um legislativo e um judiciário, com rendas vergonhosamente desalinhadas com a realidade do país. É também esse dinheiro que faz com que os melhores engenheiros, médicos e economistas do país abandonem suas ocupações na iniciativa privada pra virar improdutivos funcionários públicos. <br />
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Mas uma parte desses 40% do PIB brasileiro que o Estado toma vai alimentar os inúmeros esquemas de corrupção e desperdício de dinheiro público que ocorrem em Brasília. É o nosso Karma. Cada país tem o seu. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Karma de desperdício de dinheiro público são os gastos militares. A diferença, contudo, é que gastos militares são por definição, gastos. Eles dinamizam a economia, geram empregos, produção, via o que se conhece como multiplicador keynesiano. No Brasil, o dinheiro que alimenta a corrupção não é gasto, em geral é entesourado em contas na Suíça. Seu efeito sobre a prosperidade do país é nulo. Na melhor das hipóteses, ele dinamiza as economias dos países que exportam os Porsches, Ferraris, Camaros e outras maravilhas tecnológicas que despontam cada vez mais na paisagem de nossa Europa do Cerrado.<br />
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Rodrigo M. Pereira<br />
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PhD em economia pela Cornell University, EUA.zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-17416836972767891712011-10-15T19:11:00.000-07:002011-10-15T19:11:38.449-07:00CTA - O Teatro Acontece no SESC Emiliano QueirozUm quilo de açúcar era o que se pedia para entrar e assistir os 4 esquetes da noite, 14 de outubro, no palco do SESC Emiliano Queiroz. Eram 4 experimentos, alguns estreando, outros já veteranos, dois autorais e outros dois de um dramaturgo sergipano. O atraso, ainda que pequeno, foi inevitável.<br />
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O Vizinho do 203, mostrado no FECTA-2011, já era bem conhecido de quase todos. Uma proposta ousada, adequada para o horário apresentado, trata das agruras e vicissitudes do homossexual, principalmente, quando este tem uma vida heterossexual para sustentar. Quanto à questão levantada pelo diretor Joca Andrade sobre a adequação ao público, eu considero que o público infantil presente é que estava no horário e local inadequados. Álvaro Renê e Luiz Almeida estão muito bem e não é necessário colar os lábios para mostrar que o beijo na boca existiu. Também não concordo com o diretor sobre a música do Chico Buarque. Não acho que exista “música heterossexual”. Música é música e ela pode servir e ser dedicada a quem se ama, independente de sexo. O hetero dedica ao outro sexo e o homo ao seu idêntico. Dizem que aquela música do Nat King Cole Aquellos ojos verdes é dedicada a um taxista que ele sempre pegava quando ia a Nova York, mas eu quando escuto a música só penso em uma morena linda de olhos verdes. Até aquela música do Martinho da Vila, Já tive mulheres..., quando ele fala, “mas nenhuma me satisfez como você me faz”, este você aí tanto pode ser u’a mulher quanto um homem, depende de quem escute ou cante. Fico pensando nas letras das músicas que o Fagner canta, muitos pensamos em mulher quando as escutamos mas ele, certamente as dedica a um parceiro. Não existe música hetero ou homossexual, a música é universal.<br />
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Deixe-me sonhar. Renata Forte, João Araújo e Tomzé (nos bastidores ou coxias) falam sobre uma temática recorrente no mundo atual. O drama do suicídio, de se pensar em tirar a vida, de se estar sempre por um fio é bastante comum. Há sempre outras maneiras de se resolver os dilemas e ser feliz. Era um experimento de estreia e os ajustes acontecerão naturalmente. Eu vi ali um precipício, uma ribanceira. O Joca viu um edifício. Essa é a riqueza da arte, as múltiplas interpretações que ela nos proporciona. Aliás, como já disse o Almeida Júnior, em um desses sábados no nosso curso do CITA, “A arte não é para ser compreendida, ela está posta para ser apreciada”.<br />
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Lilith, O paraíso não existe mais. O mito de Adão e Eva e o fruto proibido, uma concepção do Álvaro Renê, apresentado pelo mesmo. Desde os idos da Idade Média que essa temática é tratada. Acho que alguns conselhos do Joca servirão para melhor compor o personagem, principalmente, aquela troca de indumentária no palco, quando Adão se transforma em Eva. Concordo que a música brasileira, clássica ou popular, seria mais adequada. A cestinha, realmente, não tem como não evocar ao conto da Chapeuzinho Vermelho. É preciso pensar em outra forma para distribuir as maçãs, uma sacada genial.<br />
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O doce e amargo. Renata Leite e o seu parceiro apresentam um tema bem recorrente, o desencantamento entre os casais, o desgaste da relação. Quanto ao comentário do Joca, com relação ao “desperdício” do açúcar, o que tenho a dizer é que o público é bastante crítico com relação a essas coisas e pode ficar imaginando o quanto aquele açúcar faria bem em sua casa, por exemplo, ou em residências de pessoas carentes. A arrecadação deveria servir para doação. Eu tive esta sensação ao ver e rever a peça “E se...”, dirigida por Silvero, apresentação final dos Princípios Básicos noturno deste ano. O cenário era forrado de papel A4 e no final ainda há uma revoada destes papéis sobre o público. Quantas árvores tiveram de ser cortadas para produzir aquele papel? Mas, cabe a pergunta, havia jeito de ser diferente? É questão de pensar alternativas, tanto para o açúcar, quanto para o papel.<br />
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Talvez o Joca Andrade tenha lido bastante Stanislavsky e tenha querido desconstruir para que depois seja melhor reconstruído. Toda crítica deve ser aceita como uma fórmula para o nosso crescimento e aperfeiçoamento. Muito embora, tudo também é uma questão de opinião pessoal, que pode ser aceita, ou não, por nós. E sigamos o conselho de Steve Jobs: "Você pode encarar um erro como uma besteira a ser esquecida, ou como um resultado que aponta uma nova direção"<br />
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Agora uma reflexão final. Será que, tal como no jornalismo, no teatro tudo tem que ser tragédia? Só o que é, digamos, ruim ou negativo, pode ser apresentado, ou chama mais a atenção? Será que não podemos pensar em algo positivo, bom, como, por exemplo, chamar a atenção para a preservação ambiental, conservação da natureza, economia do uso da água etc.? Poderíamos ponderar algo assim, menos trágico ou negativo, mais positivo e prático para a nossa montagem?zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-6119784876864363582011-07-29T02:10:00.000-07:002011-07-29T03:43:11.796-07:00O maestro, o amor e a doação<blockquote><span style="font-size: x-small;">Aprendi, outro dia que perdoar é a junção de “per” com “doar”. Doar é mais do que dar. Doar é a entrega total do outro. </span><br />
<span style="font-size: x-small;">O prefixo “per”, que tem várias acepções, indica movimento no sentido de ou em direção a, ou através, ou para; etimologicamente falando, portanto, perdoar quer dizer doar ao outro a possibilidade de que ele possa amar, possa doar-se. Não apenas quem perdoa que se doa através do outro. </span><br />
<span style="font-size: x-small;">Perdoar implica abrir possibilidades de amor para quem foi perdoado, através da doação oferecida por quem foi agravado.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Perdoar é a única forma de facilitar ao outro a própria salvação. Doar é mais do que dar: é a entrega total...</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Perdoar é doar o amor, é permitir que a pessoa objeto do perdão possa também devolver um amor que, até então, só negara ...</span></blockquote>Foi com esta citação do imortal Arthur da Távola, que teve início, na noite de ontem, a esplendorosa apresentação do maestro João Carlos Martins e a Orquestra Bachianas Filarmônica, no Teatro José de Alencar, em Fortaleza. A citação logo me evocou a lembrança do Frei Hermínio Bezerra e seu incansável estudo sobre a formação, deformação e origem das palavras em sua coluna semanal, às segundas-feiras no Diário do Nordeste.<br />
A agradável companhia da prima Ionele Puster, logo acrescida pela encantadora presença, em nosso camarote, da "rainha" Juliana, que tornou a noite mais deleitável e a espera muito mais prazerosa. Só faltou a Miren para a noite ser mais completa.<br />
Nascido em 1940, João Carlos Martins, o maior intérprete das obras de Bach, atualmente, é um exemplo de superação e resistência para todos nós, por ter vencido múltiplos acidentes e obstáculos para dedicar-se à música até os dias de hoje. <br />
O espetáculo, beneficente, objetivou oferecer esperanças e novas perspectivas de tratamento aos pacientes com doença renal crônica da Fundação do Rim, no Meireles, em Fortaleza.<br />
O repertório incluiu Mozart, Bethoven, Brahms, Villa Lobos e Astor Piazzolla. A Orquestra, literalmente, abriu espaços para apresentações ao piano do maestro, apesar dos limitados movimentos de uma das mãos. <br />
Ao palco, João Carlos Martins trouxe membros da Escola de Samba Vai Vai, de São Paulo, cujo samba enredo de 2011 homenageou o maestro. O simpático "bocão" e seu choro da cuíca foi um show à parte. Os ritmistas da Escola de Samba fizeram a alegria do público com o acompanhamento de obras de Bach, Brahms e o primeiro movimento da Quinta Sinfonia de Bethoven.<br />
Ênio Morricone ficou reservado para a surpresa final. E até o sucesso popular Trem das Onze, de Adoniram Barbosa, imortalizado pelo Grupo Demônios da Garoa, foi tocado pela fantástica Orquestra Bachianas Filarmônica, regida pelo maestro e cantada pelos mais de 700 presentes.<br />
Um espetáculo imperdível e inesquecível e que valeu pelo que se viu, se ouviu e se viveu e também pelo fato de se poder dizer: "Eu fui, eu ajudei", Fundação do Rim, Semeando o Futuro (85) 3261.6122.zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-5921669453135231162011-07-25T16:24:00.000-07:002011-07-25T16:24:13.451-07:00E o meio ambiente atravessou o samba do progresso a qualquer preçoPor Vilmar Sidnei Demamam Berna*<br />
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No meio ambiente existe o bloco dos ´amigos da natureza' que às vezes não mede os riscos ao atravessar o samba do bloco dos 'amigos do progresso a qualquer preço'. Alguns chegam a ser eliminados do espetáculo. Entre os problemas dos ´amigos da natureza´ está a dificuldade em cantar o mesmo samba juntos. Os 'amigos do progresso a qualquer preço´ adoram isso, por que ganham com a confusão. Entre os ´amigos da natureza´ tem alguns que também adoram uma confusão, por que o negócio é aparecer e assim aumentar as chances de ganhar alguns minutos de fama, ou mesmo uma boquinha, um carguinho ou verbinhas para seus projetos. Às vezes criam dificuldades para negociar facilidades e exageram nas gorduras dos gestos, dos gritos e das reivindicações para na hora do reparte não ter de cortar nas carnes. Tem outros que acreditam tanto no consenso que acabam flertando com o 'inimigo'. Quando descobrem que foram enganados - geralmente tarde demais para o meio ambiente - , migram para o bloco dos 'ressentidos', ou do ´Vai dar merda`, ou do ´Eu avisei ´. <br />
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A platéia costuma assistir ao espetáculo entre uma mastigada e outra no jantar, entre uma ou outra noticia de bala perdida, seqüestro relâmpago, nada que tire o sono, pois logo a seguir vem a novela, depois o futebol ou o BBB. Quando a turma dos 'inimigos do meio ambiente' atravessam o samba logo entra em cena o bloco do "Deixa Comigo que já estou cuidando de tudo", e tem a turma da 'Diretoria' que aposta no quanto pior para o meio ambiente melhor, por que significa que mais um TAC vai ser negociado entre um vôo de jatinho e outro, e sempre sobra uma vantagenzinha para engordar o caixa ou o prestigio eleitoral. <br />
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Audiência publica nem precisa, pois só serve para que os que vão sofrer as conseqüências saibam o tamanho do desastre ambiental que irá se abater sobre eles. Afinal, não é uma perereca ou um bagre ridículo, ou algum índio emplumado ou meia dúzia de plantadores de alface que irão atrapalhar o espetáculo do progresso a qualquer preço pelo bem do Brasil e dos brasileiros! Claro, sempre dá para descolar uma almofada como medida mitigadora para aliviar a dor das tragédias.<br />
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Azar é quando uma das alegorias do bloco do ´progresso a qualquer preço´ quebra no meio da avenida. É um corre corre para abafar a situação e não deixar que o incidente atrapalhe o espetáculo do crescimento. Nessa hora, entra na avenida a tropa de choque dos foliões dos blocos dos 'Nada a Declarar', 'Fica tranqüilo que o problema já foi resolvido', 'Já abri um inquérito para apurar as responsabilidades', 'Já multamos em milhões e estamos negociando um TAC'. Tudo perfeitinho como manda o figurino. E aí é só apostar para que o problema suma logo das vistas do público por que aí a mídia vai se desinteressar rapidamente e assim, tudo volta ao normal, e o samba pode retomar o ritmo do 'vamos em frente enquanto tem meio ambiente'.<br />
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Os únicos chatos que não esquecem são alguns ´amigos da natureeza´ biodesagradáveis, mais conhecidos por ecochatos, que deveriam ser coerentes e voltar a andar nus, morar em cavernas e usar a luz das fogueiras. Mas não, essa gentinha gosta mesmo é de reclamar e atrapalhar, e é ajudada por um tipo de imprensa que só gosta de noticia ruim! Parece quem tem uma especial predileção para o que não dá certo. Não adianta imprimir relatórios de sustentabilidade em papel reciclado, neutralizar as emissões de carbono plantando árvores, nada parece deixar esse pessoalzInho satisfeito. <br />
Ainda bem que existe o bloco dos 'contentes' para animar o Carnaval do ´progresso a qualquer preço´. Não importa quanto aumente o desmatamento ou o aquecimento global, derrame óleo nos mares, ou vaze radiação nuclear, vai ficar tudo numa boa. O 'bloco dos contentes' tem fé na ciência e na tecnologia salvadoras e que logo logo darão um jeito em tudo, e ainda farão poluição e destruição ambiental dar lucros com máquinas maravilhosas transformando lixo e esgoto em energia e devolvendo recursos naturais ao Planeta! Quem tiver um lixão que o guarde bem, pois valerá seu peso em ouro! Água poluída, então, nem se fala! Com o reúso vai até sobrar dinheiro no caixa das empresas que não precisarão mais comprar água para resfriar processos! Os engarrafamentos se transformarão numa das novas maravilhas desse novo mundo, com carros emitindo apenas vapor d'água, verdadeiras ilhas de conforto com ar-condicionado movidos a energia solar e equipamentos de som e vídeo de dar inveja a qualquer discoteca das mais avançadas. <br />
* Vilmar Sidnei Demamam Berna é escritor e jornalista, fundou a REBIA - Rede Brasileira de Informação Ambiental (www.rebia.org.br ) e edita deste janeiro de 1996 a Revista do Meio Ambiente (que substituiu o Jornal do Meio Ambiente) e o Portal do Meio Ambiente ( www.portaldomeioambiente.org.br ). Em 1999, recebeu no Japão o Prêmio Global 500 da ONU Para o Meio Ambiente e, em 2003, o Prêmio Verde das Américas – www.escritorvilmarberna.com.brzacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-19481530030689328162011-07-21T15:57:00.000-07:002011-07-21T15:57:06.984-07:00ContradizesA música ao violão era agradável aos ouvidos de quem chegava ao Teatro José de Alencar, na tarde desta quarta-feira, 20, para a estreia da peça Contradizes, apresentada pelo Curso de Princípios Básicos de Teatro, 2011, manhã. As pessoas recebiam as senhas no balcão e eram instadas a aguardar no pátio. 15 horas soa a campainha. Forma-se rapidamente a fila. Suspense. Aviso: “atenção, devido a um problema técnico com a iluminação, teremos um atraso de 30 minutos”. Dispersão. Os atrasados acabaram beneficiados.<br />
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15h30min. Novo sinal da campainha. A fila, já formada, aguarda mais 15 minutos para poder entrar. Palco principal. Já com os atores no cenário. Luzes apagadas. Tropeços. Busca de arquibancadas. Celulares que tocam. Pessoas que conversam.<br />
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15h45min. Começa o espetáculo. Dois grupos de atores podiam ser vistos. Uns em pé. Outros abraçados e tão bem enroscados que pareciam apenas três, ou, no máximo, quatro. Ao se desenroscarem e ficarem de pé eram sete. Ao centro, duas cadeiras, uma de frente, com um nariz de palhaço, outra de lado. Entra o primeiro personagem pelo lado, dá dez passos, dança, faz gestos, senta na cadeira que está vazia, pega o nariz de palhaço. Cada vez que o coloca sobre o nariz, toca uma música, ele se alegra; tira o nariz, a música se acaba ele se entristece.<br />
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Os 17 atores estão todos com um figurino cinza, tipo macacão, com as 20 unhas pintadas em um tom pouco mais escuro que a roupa. Atuavam em grupos distintos. Às vezes em dupla. Ora dançavam. Ora grunhiam. Os grupos, tal qual um exercício que fiz esta semana na Oficina de Dança com Andréia Pires e Daniel Pizamiglio, executavam tarefas distintas em seu espaço do palco.<br />
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Juntos cantaram: “Beijei a boca da noite e engoli milhões de estrelas, fiquei iluminado e me acordei mil anos depois por trás do Universo”. Neste momento lembrei-me de Raul Seixas. Mas, na verdade, o texto é extraído do poema Ação Gigantesca, de Mário Gomes.<br />
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Contradizes fala de mundos paralelos, fantásticos que, como diz o nome, se contrapõem. Fala também de sonhos, devaneios, ilusões. Nada é somente bom ou inteiramente mau. É tão feio ou intensamente belo. É puramente forte ou simplesmente fraco. Tudo se reflete na emoção filosófica e psicológica do ser humano. Mostra como cada indivíduo encara a vida e o significado. O nariz de palhaço significa a alegria e a retração de cada um de nós e mostra a dualidade humana.<br />
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Em cartaz de 20 de julho até domingo, 24, às 15h e 18h no Teatro José de Alencar, Centro de Fortaleza. Vale conferir.zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-90637394685567219242011-07-11T21:17:00.000-07:002011-07-11T21:17:51.650-07:00Falando francamente sobre consumo e consumismo- por Vilmar Berna*<br />
Somos, por natureza, seres consumidores e estamos no topo da cadeia alimentar. Logo, consumir é nosso destino natural, o problema são os excessos. Excesso de gente, que já está demais e que continua se multiplicando globalmente, embora se reduza em diversos países e regiões. Cada boca que nasce demanda por mais recursos naturais, que não são infinitos. Mas existe um excesso ainda pior, o da desigualdade social, que permite que uns poucos possam se apropriar de mais recursos que a maioria, ou seja, não adiantará muito diminuir o excesso de gente sem também diminuir a ganância.<br />
O mundo atual se construiu em torno da falsa idéia de que o mercado será capaz de suprir as necessidades humanas, a ponto de aceitarmos a organização da sociedade em classes sociais em função do poder de consumo. Quem pode consumir muito pertence às classes altas, os remediados, à classe media, e os pobres, às classes baixas. A reboque do conceito do poder aquisitivo surge quase que naturalmente a falsa noção de que os que tem muito são mais importantes e com mais direitos do que os que não tem, e isso é absolutamente falso, pois somos todos iguais em dignidade e direitos. O mercado só consegue ser solução para os que têm dinheiro. Para os demais, é preciso políticas públicas.<br />
O problema não está só no colapso ambiental, mas no colapso ético e moral que nos põe em risco enquanto humanidade e civilização muito antes de desaparecermos enquanto espécie. Se as pessoas aceitarem a idéia de uma sociedade que valoriza o dinheiro acima dos valores humanos, acumular riquezas pode se tornar um fim em si mesmo em vez de meio de vida, aliás, a própria idéia de vida pode se empobrecer a ponto de se resumir a produzir numa ponta e consumir na outra. Bem longe da idéia de viver em abundância e plenamente. Em vez de nos tornarmos mais solidários e cultivarmos bons valores e a cidadania, acabaremos valorizando muito mais o individualismo, o materialismo, a competição desmedida, a insensibilidade com os menos favorecidos. <br />
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E tudo isso baseado numa mentira, a de que se todos alcançarem os mesmos padrões de consumo dos mais ricos, será possível haver recursos naturais para todos. Fazer com que todos acreditem nesta mentira é conveniente para os que dominam e controlam os recursos e as riquezas, pois em vez de pedir por mudanças, as pessoas irão querer que tudo continue como está na esperança de que um dia chegará a sua vez e que só não chegou ainda por que não foram capazes ou merecedores o suficiente. Não é de se admirar que seja tão difícil ser sustentável e compatibilizar progresso e meio ambiente. <br />
Mas não é impossível. Não só outro mundo é possível como já vemos por todos os lados os sinais dessa mudança. Por mais que alguns gostem de se iludir com falsas promessas de consumo, elas percebem os sinais de esgotamento do Planeta. Um novo mundo já esta nascendo do velho mundo, e o que assistimos são as dores do parto. <br />
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Precisamos é de coragem para persistir nos caminhos da mudança e valorizar escolhas diferentes das que trouxeram a humanidade à beira do colapso. <br />
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Não temos que comprar tudo o que vemos nas prateleiras. Não temos de acreditar em tudo o que se diz nas propagandas e devemos duvidar das informações tendenciosas, mentirosas e manipuladores. Não temos que seguir a moda e descartar um produto que ainda serve. Não precisamos de nenhum bem de consumo para amar e ser amados, ou para sermos felizes, ou para nos sentirmos importantes e reconhecidos socialmente.<br />
Da mesma maneira que temos a liberdade de consumir o que nosso dinheiro ou crédito a perder de vista nos permite, também temos a liberdade de recusar o consumo desperdiçador de recursos. Podemos escolher consumir criteriosamente, apenas para atender a necessidades objetivas e realmente necessárias, preferir produtos socioambientalmente responsáveis, recicláveis, que fortaleçam as cadeias produtivas locais e a criatividade de nossos trabalhadores e artesãos. Podemos consumir de maneira planejada em vez de agir por impulso. Temos o poder de dizer sim e também de dizer não. Somos nós o poder do mercado.<br />
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Não foi o consumismo que nos fez assim. Ele apenas aproveitou a oportunidade por sermos assim e encheu as lojas e prateleiras e nossos sonhos e desejos de bugigangas e objetos que no final podem nem ser tão importantes para vivermos uma vida plena e feliz.<br />
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Os inimigos não estão fora de nós. Para resolvermos a crise socioambiental em que nos metemos, teremos de ter a coragem de admitir que somos uma parte importante do problema - e também da solução. <br />
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* Vilmar Sidnei Demamam Berna é escritor e jornalista, fundou a REBIA - Rede Brasileira de Informação Ambiental (www.rebia.org.br ) e edita deste janeiro de 1996 a Revista do Meio Ambiente (que substituiu o Jornal do Meio Ambiente) e o Portal do Meio Ambiente ( www.portaldomeioambiente.org.br ). Em 1999, recebeu no Japão o Prêmio Global 500 da ONU Para o Meio Ambiente e, em 2003, o Prêmio Verde das Américas - <a href="http://www.escritorvilmarberna.com.br/">http://www.escritorvilmarberna.com.br/</a>zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-37507145072393308162011-06-27T04:55:00.000-07:002011-06-27T05:24:39.222-07:00A sétima arte e a ecologiaA Internet é a fonte para todas as buscas e o Dr. Google, o mestre que responde a todas as perguntas. O meu filho e, imagino, todos os estudantes, do primário ao universitário, já não realizam mais tarefas escolares sem a utilização dessa preciosa ferramenta. O perigo é não citar a fonte. Vários alunos meus na Faculdade caíram nessa esparrela, ao copiarem a resenha de um filme direto do Google. Perderam o ponto e tiveram que ir para a prova final.<br />
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Eu também faço as minhas buscas, mas sempre tenho cuidado de citar a fonte do saber, pois ninguém apenas ensina ou aprende; a vida é uma troca de saberes, esteja você na bancada do professor, na carteira do aluno, na chefia de um trabalho ou sendo subordinado, todos temos algo a aprender e a ensinar. Descobri no Blog Listas de 10 e repasso a dica de 10 filmes sobre ecologia. Para quem gosta de cinema, vale a pena ir ao <a href="http://listasde10.blogspot.com/2009/12/10-filmes-sobre-ecologia.html">http://listasde10.blogspot.com/2009/12/10-filmes-sobre-ecologia.html</a> e conferir outras listas de 10.<br />
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Além do Dersu Uzala, cuja dica está ao lado, o Blog fala sobre:<br />
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<span class="apple-style-span"><b><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Uma Verdade Inconveniente</span></b><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> (o ex-vice presidente dos EUA, Al Gore, apresenta dados chocantes do aquecimento global, mostrando verdades e mitos e apontando saídas para salvar o planeta, enquanto é tempo. Gore sempre foi ecologista militante e este filme, fora algumas generalizações exageradas, tem importância na conscientização da população. o ex-vice - e, melhor dizendo, o filme - ganhou o prêmio Nobel da Paz por seu trabalho).</span></span><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br style="mso-special-character: line-break;" /><br style="mso-special-character: line-break;" /><span class="apple-style-span"><b><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">No Mundo de 2020 - Soylent Green</span></b><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> (apesar do título nacional, o filme se passa em 2022, ufa! teremos 2 anos a mais! Charlton Heston é policial e investiga a morte de um magnata, produtor dos tabletes soylent green, o único alimento consumido pela população oprimida. Comida de verdade, só para os ricos. É chocante descobrir do que são feitos os tabletes. Lançado em 1973, foi encarado como ficção científica, hoje não parece tão improvável).</span></span><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br style="mso-special-character: line-break;" /><br style="mso-special-character: line-break;" /><span class="apple-style-span"><b><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Wall-E</span></b><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> (mais uma lista para esta animação. No passado, a população teve que abandonar o planeta, poluído demais e inabitável, deixando para trás um robozinho compactador de lixo. Séculos depois, a possibilidade de vida ressurge e a população pode reconstruir o planeta. Denúncia que não deve ser coadjuvante na compreensão do filme).</span></span><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br style="mso-special-character: line-break;" /><br style="mso-special-character: line-break;" /><span class="apple-style-span"><b><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Síndrome da China</span></b><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> (durante a gravação de matéria numa usina nuclear, a repórter e seu cinegrafista - Jane Fonda e Michael Douglas - presenciam um incidente, que causa apreensão geral. Mas a usina pressiona a rede para não publicar nada. Com a ajuda de um engenheiro - Jack Lemmon - eles descobrem que foi um fato gravíssimo, uma fissão que poderia penetrar a terra e "chegar à China", por isso o título. Filme premonitório dos graves acidentes ocorridos na União Soviética anos depois e em Fukushima, Japão, este ano de 2011!).</span></span></span></span></span><br />
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<span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><b><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Silkwood, Retrato de uma Coragem</span></b><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> (história real de trabalhadora de usina nuclear - Meryl Streep - que denuncia o ambiente insalubre e a insegurança deste tipo de instalação e acaba morta em circunstâncias mal-explicadas).</span></span></span></span></span></span></span><br />
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<span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><b><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Erin Brockovich, uma Mulher de Talento</span></b><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> (Julia Roberts é uma mãe solteira, que perde uma ação e exige ser empregada no escritório de seu advogado. Arquivando casos, ela descobre que uma grande fábrica tem poluído sistematicamente as águas da pequena cidade onde está instalada e isso tem ocasionado diversos casos de câncer na população. Baseado em história real).</span></span></span></span></span></span></span></span></span><br />
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<span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><b><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Gomorra</span></b><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> (entre as histórias deste filme-denúncia da máfia napolitana, está o lucrativo esquema de vender terras para despejar dejetos tóxicos, que transformam a área rural da cidade num ambiente perigoso. O lixo tóxico é um dos grandes problemas a se resolver, vide o caso dos containeres devolvidos para a Inglaterra).</span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span><br />
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<span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><b><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Waterworld, o Segredo das Águas </span></b><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">(num futuro não tão distante, o derretimento das camadas polares deixou o planeta sem terras sólidas, com os sobreviventes vivendo em ilhas artificiais e barcos. Kevin Costner é um ser anfíbio em busca do único ponto de terra firme que sobrou. F</span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">ilme de Kevin Reynolds).</span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span><br />
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<span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><b><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Corrida Silenciosa</span></b><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> (Bruce Dern é um botânico que completa 3 anos a bordo de um cargueiro espacial, cuidando dos últimos espécimes botânicos que restaram no planeta Terra sob enormes domos. Quando recebe ordens de destruir o projeto e voltar para casa, ele sequestra a nave, mata os colegas tripulantes e inicia uma fuga solitária).</span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span><br />
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<span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Recomendaria, ainda, o documentário, <strong>A </strong><span class="apple-style-span"><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><strong>11ª Hora</strong>, de Leonardo DiCaprio, que mostra vários especialistas, em tom pedagógico, explicando como será possível evitar o desastre, algumas horas antes de que aconteça o pior. Urge uma total mudança de paradigma e de se adotar um modelo distinto de produção e consumo. O Planeta, como de outras vezes, com certeza sobreviverá, mas algumas espécies, como já ocorreu com os dinossauros, poderão se extinguir. Dessa vez poderá ser a espécie humana. Como diz o colunista: "Quem sobreviver, verá!"</span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span>zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-46491081918860042332011-06-25T01:12:00.000-07:002011-06-25T01:12:46.872-07:00Sem motivos para amar?(Recebi de Jane)<br />
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Pablo Massolar<br />
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Existe amor que dure a vida toda, que a tudo perdoe e não se desanime? Existe amor que se renova todos os dias porque tudo sofre, tudo espera, tudo crê?<br />
Minha ingênua e sincera fé diz que sim, mas muitas vezes [às vezes a maioria das vezes] o meu coração/razão/vontade não encontra tal amor... ou, se ele está lá... se cansa de tentar procurá-lo e fazer reviver um sentimento assim. Não por falta de forças ou de coragem, mas por falta de motivos.<br />
Onde encontrar motivos para amar, então? É possível encontrá-los quando já não queremos ou temos medo de nos machucarmos de novo?<br />
Talvez as perguntas estejam sendo feitas da maneira errada, mas não sem verdade existencial... Todo mundo procura por estes motivos de vez em quando... Eu gostaria que minha resposta fosse tão simples quanto procurar no “Google”, mas eu não tenho boas notícias sobre encontrar motivos para amar, geralmente nunca se acha um bom motivo para se fazer isto.. É mais fácil não ter motivo para amar. Recusar-se a amar e trancafiar-se solitariamente dentro de uma torre alta ou mosteiro celibatário talvez seja a solução menos dolorosa.<br />
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Não amar evitaria comprometer o amor e a vida de mais algum inocente, quando, por exemplo, duas pessoas se amam e se deixam ser amadas, mas logo no início de suas caminhadas descobrem que é perigoso demais abrir o coração não só ao amor, mas às frustrações e confrontos que a vida a dois sempre causa. Ou, quem sabe, depois de muitos anos de caminhada juntos, descobrem que o motivo para se amar acabou faz tempo ou nunca, de fato, existiu. Donzelas amáveis e príncipes heróis encantados, cavalos brancos e o salvamento da princesa da torre são divertidos e empolgantes nas primeiras vezes, mas se torna enfadonho ter que se trancar na torre de novo para se proteger de uma dor ou de escalá-la perigosamente a fim de encontrar aventuras e motivações para amar todos os dias.<br />
Não amar certamente anularia as dores e desilusões destes momentos, mas não é a decisão mais completa a ser tomada. Particularmente não creio que exista gente que foi feita para não amar; e também não creio em amor que vai e vem, que sobe e desce. Acredito no amor que fica, mesmo amassado, ferido, sozinho e nos faz ter esperança de ver hoje, no nosso agora dolorido, um horizonte amanhã, doce e ensolarado, talvez distante, mas alcançável de dias melhores, mais fáceis para se amar. Dificilmente encontra-se um bom motivo para amar persistentemente, mas quem disse que o verdadeiro amor precisa de motivos para ser amor?<br />
O que me faz amar com vontade de amar não é o motivo, mas a consciência da existência inequívoca deste amor que está aqui dentro sem saber como. Não sei explicar, muito provavelmente ninguém conseguirá explicar, porque o amor é assim, mais forte que a morte, dolorosamente persistente, irrevogavelmente amante, paciente e benigno mesmo sem motivos. Já tentei entendê-lo, mas eu sei que só posso senti-lo.<br />
O bom e verdadeiro amor não precisa saber dos motivos, jamais os procura ou avalia se é possível ou não amar, só sabe que sente amor e pronto. Vai lá de peito e vida abertos. Ele lança fora todo o medo, ainda que se tenha de matar um leão por dia e a gente vá deitar cansado todas as noites.<br />
O amor sobrevive mesmo é de mãos dadas com a fé e a esperança. O abraço dado, o beijo paciente, a presença carinhosa certamente são expressões do amor, são veículos para nos sinalizar que ele existe e nos dar novo ânimo, mas quando não os encontramos não significa que não podemos amar ou que nos faltam motivos. Dificilmente entenderemos ou reconheceremos o verdadeiro amor somente nos atos e gestos físicos. O amor manifesta-se em dom/dádiva, no que é dado sem buscar interesses próprios, nem mesmo os interesses de atender às nossas carências afetivas são válidos para buscar amar. O amor manifesta-se sem motivo aparente, até sem condições, vem como um rolo compressor ou uma simples brisa, mas vem.<br />
É possível negligenciar o amor, fazer de conta que não existe ou abafá-lo. É possível ficar tão duro ao amor que, mesmo ele existindo, não se queira mais senti-lo. O medo da dor pode causar tudo isso, mas podemos escolher viver por medo e não deixar o amor em paz ou por fé e esperança e fazê-lo brilhar como um sol.<br />
Amar é a capacidade de doar-se sem querer nada em troca, talvez por isso o Senhor tenha dito que, no final dos tempos, o amor se esfriaria de quase todos. Uma sociedade que luta por poder e prestígio, que compra todas as coisas, admiração e domínio, que concorre traiçoeiramente pelos melhores lugares e pisa em cima de qualquer ameaça não entende nem aceita dar sem querer qualquer coisa como pagamento. Pessoas que se amam, mas se interessam mais por disputar quem ama mais do que simplesmente amar, gente que não sabe amar só por amar corre o sério risco de ver esfriar a sensibilidade ao amor.<br />
Logo, não existe pagamento para quem ama de verdade. E quem assim ama, não aceita tais trocas e barganhas. Continua dando, amando, crendo e alimentando a esperança não do fim, mas do recomeço pleno e movido pela alegria de simplesmente amar todos os dias, tudo sofrendo, tudo crendo e tudo esperando, até mesmo o ressurgir da sensibilidade de amar.<br />
O Deus que assim ama te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!<br />
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Rio de Janeiro, 4 de fevereiro de 2011 <br />
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Nota importante: Jesus ensinou a dar de graça o que recebemos de graça. Se esta mensagem, de alguma forma, lhe fez bem, então provavelmente ela poderá fazer bem para outras pessoas que você conheça. Gostaria de sugerir, se não for constrangimento para você, que compartilhasse e encaminhasse este e-mail para o seu círculo de amigos e conhecidos. Fazendo isto você potencializa, em muito, o alcance da Palavra que já fez tanto bem aos nossos corações.zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-40040792206956337742011-06-21T04:55:00.001-07:002011-06-21T04:55:49.890-07:00A Miséria do Jornalismo<div><div><b></b><br />
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Como nunca antes na História deste País, toda vez que alguma coisa beneficia os mais pobres, é chamada de populismo. Existe populismo de direita, que agrada ao patronato e aos governantes? Sim, há. É o q faz o senhor Fábio Campos no O Povo de 9 de junho de 2011.<br />
O amigo Fábio Campos diz que as "criancinhas" estão passando fome devido a greve dos professores. Populismo barato, senhor Campos. E quando não há greve, por que milhares de cearenses passam fome ou se alimentam mal?<br />
Passam fome, Fábio Campos, porque o modelo econômico atual, o de Cid, que igual ao de Lúcio, que é igual ao de Ciro, que é igual ao de Tasso, é concentrador de renda, beneficia os mais ricos em detrimento dos pobres. Será que esse modelo é discutido pelos meios de comunicação com ênfase? Não, nao é. Não é bom irritar os donos do poder no Ceará.<br />
Diz Fábio Campos que as crianças fora da escola geram problemas para as famílias. De forma emotiva, fala até de criancinhas remexendo lixo nas ruas. Quase fui às lágrimas nesse ponto. Poxa, Fábio Campos, você finalmente percebeu que há crianças nas ruas, comendo lixo, porque os professores estão em greve? Malditos sejam estes professores!<br />
Percebe-se claramente que Fábio Campos desconhece por completo a realidade da escola pública. Fala do que não entende. Diz Fábio Campos que a maioria dos professores ganha o piso. Caro jornalista, procure se enteirar sobre a lei do Piso. A Lei do Piso não trata só de salário, não, meu caro- tem um bocado de coisa, que NENHUM governante do Ceará está cumprindo. Camarada Fábio, procure na internet a Lei do Piso. Há uma decisão do STF mandando cumpri-la. Cid e Luizianne não estão - ao contrário, enganam a opinião pública, pois estão alterando os Planos de Cargos e Carreira para burlar a referida Lei. Se há alguém cometendo ilegalidade aqui são os governantes, caro Fábio, não os professores.<br />
O companheiro Fábio Campos diz ainda que os sindicatos não são legítimos, pois apenas alguns professores participam das assembleias e da greve em nome da categoria. Os professores, Fábio Campos, elegem os sindicalistas para representá-los. É a mesma coisa de um deputado ou um vereador. Na sua lógica, o Poder Legislativo seria ilegítimo também. Não é preciso, Fábio Campos, que toda a população esteja presente quando da votação de uma lei - os deputados não "representam o povo"? Um povo que cada vez mais se queda desamparado diante um Estado que não cumpre suas funções sociais e é usado para beneficiar grupelhos de empresários.<br />
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Atenciosamente<br />
Airton de Farias<br />
Professor e Historiador</div></div>zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-57644327896798445772011-05-20T13:23:00.000-07:002011-05-20T13:23:24.364-07:00Nem tanto a Chico nem a Francisco - por um código florestal possívelPor Vilmar Berna<br />
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Na negociação dos conflitos envolvendo a reforma do Código Florestal está faltando política, no sentido mais nobre do termo, e sinceridade. Que o Código precisa ser reformado, qualquer ambientalista ou ruralista sério, que conheça minimamente o assunto, sabe que sim.<br />
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Estamos num país democrático, onde nem a vontade de um lado nem a do outro irão prosperar só por que se tem a maioria ou por que gritam mais alto. Assim, é absolutamente legitimo que os lados interessados queiram puxar a brasa para suas sardinhas. Por outro lado, a sociedade tem o direito de ser radical, fundamentalista, exigir seus direitos, tanto para o lado da produção e do mercado quanto para o lado do meio ambiente e das políticas públicas e cidadania. <br />
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Dependendo da situação, dos interesses em jogo, é preciso negociar um consenso em torno do que é possível e suportável para a convivência entre os diferentes lados em disputa. E para isso existem os políticos. Caberia a eles atuarem como intermediadores nos conflitos, entretanto, geralmente estão comprometidos com um dos lados, descredenciando-se para o diálogo pela falta de isenção. E é o diálogo que permite o ajuste das percepções e a busca dos pontos convergentes e o esclarecimento sobre os divergentes, onde nem sempre o consenso é possível. Às vezes a tensão pode durar uma vida inteira, e ainda assim a vida continua.<br />
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Neste caso do Código Florestal, os políticos deveriam ter se disposto mais ao diálogo, até que se chegasse a um consenso em torno do possível, que possibilitasse ao país continuar produzindo, sem detonar com o meio ambiente e considerando as diferenças entre quem produz para alimentar automóveis e animais nos países ricos, de quem produz alimentos para o povo brasileiro. Às vezes, o entendimento pode se tornar muito difícil e até impossível se os votos dos eleitores, os privilégios e cargos, os interesses de negócio, ou partidários, dependerem da pessoa não ser convencida<br />
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O campo de batalha não é o plenário dos Parlamentos, mas é a opinião pública. É comum vermos parlamentares discursando para plenários vazios, apenas para serem publicados no Diário Oficial ou gravados pelas televisões legislativas. Entretanto, bem longe de serem neutras e imparciais como gostam de dizer, assim como os políticos escolhem o lado de seus eleitores e patrocinadores, a mídia escolhe o lado dos seus assinantes e anunciantes. A sinceridade, a verdade, às vezes, é o que menos importa quando há muito em jogo e o risco de perder for grande. <br />
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* Vilmar Sidnei Demamam Berna é escritor e jornalista, fundou a REBIA - Rede Brasileira de Informação Ambiental (www.rebia.org.br ) e edita deste janeiro de 1996 a Revista do Meio Ambiente (que substituiu o Jornal do Meio Ambiente) e o Portal do Meio Ambiente ( www.portaldomeioambiente.org.br ). Em 1999, recebeu no Japão o Prêmio Global 500 da ONU Para o Meio Ambiente e, em 2003, o Prêmio Verde das Américas - www.escritorvilmarberna.com.brzacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15503945532436982.post-55472882091319560362011-05-11T15:44:00.000-07:002011-05-13T13:42:32.829-07:00Adolfo Pérez Esquivel escreve a Barack ObamaEstimado Barack, ao dirigir-te esta carta o faço fraternalmente para, ao mesmo tempo, expressar-te a preocupação e indignação de ver como a destruição e a morte semeada em vários países, em nome da “liberdade e da democracia”, duas palavras prostituídas e esvaziadas de conteúdo, termina justificando o assassinato e é festejada como se tratasse de um acontecimento desportivo.<br />
Indignação pela atitude de setores da população dos Estados Unidos, de chefes de Estado europeus e de outros países que saíram a apoiar o assassinato de Bin Laden, ordenado por teu governo e tua complacência em nome de uma suposta justiça. Não procuraram detê-lo e julgá-lo pelos crimes supostamente cometidos, o que gera maior dúvida: o objetivo foi assassiná-lo.<br />
Os mortos não falam e o medo do justiçado, que poderia dizer coisas inconvenientes para os EUA, resultou no assassinato e na tentativa de assegurar que “morto o cão, terminou a raiva”, sem levar em conta que não fazem outra coisa que incrementá-la.<br />
Quando te outorgaram o Prêmio Nobel da Paz, do qual somos depositários, te enviei uma carta que dizia: “Barack, me surpreendeu muito que tenham te outorgado o Nobel da Paz, mas agora que o recebeu deve colocá-lo a serviço da paz entre os povos; tens toda a possibilidade de fazê-lo, de terminar as guerras e começar a reverter a situação que viveu teu país e o mundo”.<br />
No entanto, ao invés disso, você incrementou o ódio e traiu os princípios assumidos na campanha eleitoral frente ao teu povo, como terminar com as guerras no Afeganistão e no Iraque e fechar as prisões em Guantánamo e Abu Graib no Iraque. Não fez nada disso. Pelo contrário, decidiu começar outra guerra contra a Líbia, apoiada pela OTAM e por uma vergonhosa resolução das Nações Unidas. Esse alto organismo, apequenado e sem pensamento próprio, perdeu o rumo e está submetido às veleidades e interesses das potências dominantes.<br />
A base fundacional da ONU é a defesa e promoção da paz e da dignidade entre os povos. Seu preâmbulo diz: “Nós os povos do mundo...”, hoje ausentes deste alto organismo.<br />
Quero recordar um místico e mestre que tem uma grande influência em minha vida, o monge trapense da Abadia de Getsemani, em Kentucky, Tomás Merton, que diz: “a maior necessidade de nosso tempo é limpar a enorme massa de lixo mental e emocional que entope nossas mentes e converte toda vida política e social em uma enfermidade de massas. Sem essa limpeza doméstica não podemos começar a ver. E se não vemos não podemos pensar”.<br />
Você era muito jovem, Barack, durante a guerra do Vietnã e talvez não lembre a luta do povo norteamericano para opor-se à guerra. Os mortos, feridos e mutilados no Vietnã até o dia de hoje sofrem as consequências dessa guerra.<br />
Tomás Merton dizia, frente a um carimbo do Correio que acabava de chegar, “The U.S. Army, key to Peace” (O Exército dos EUA, chave da paz): “Nenhum exército é chave da paz. Nenhuma nação tem a chave de nada que não seja a guerra. O poder não tem nada a ver com paz. Quanto mais os homens aumentam o poder militar, mais violam e destroem a paz”.Acompanhei e compartilhei com os veteranos da guerra do Vietnã, em particular Brian Wilson e seus companheiros que foram vítimas dessa guerra e de todas as guerras.<br />
A vida tem esse não sei o quê do imprevisto e surpreendente fragrância e beleza que Deus nos deu para toda a humanidade e que devemos proteger para deixar às gerações futuras uma vida mais justa e fraterna, reestabelecendo o equilíbrio com a Mãe Terra.<br />
Se não reagirmos para mudar a situação atual de soberba suicida que está arrastando os povos a abismos profundos onde morre a esperança, será difícil sair e ver a luz; a humanidade merece um destino melhor. Você sabe que a esperança é como o lótus que cresce no barro e floresce em todo seu esplendor mostrando sua beleza.<br />
Leopoldo Marechal, esse grande escritor argentino, dizia que: “do labirinto, se sai por cima”.<br />
E creio, Barack, que depois de seguir tua rota errando caminhos, te encontras em um labirinto sem poder encontrar a saída e te enterras cada vez mais na violência, na incerteza, devorado pelo poder da dominação, arrastado pelas grandes corporações, pelo complexo industrial militar, e acreditas ter todo o poder e que o mundo está aos pés dos EUA porque impõem a força das armas e invade países com total impunidade. É uma realidade dolorosa, mas também existe a resistência dos povos que não claudicam frente aos poderosos.<br />
As atrocidades cometidas por teu país no mundo são tão grandes que dariam assunto para muita conversa. Isso é um desafio para os historiadores que deverão investigar e saber dos comportamentos, políticas, grandezas e mesquinharias que levaram os EUA á monocultura das mentes que não permite ver outras realidades.<br />
A Bin Laden, suposto autor ideológico do ataque às torres gêmeas, o identificam como o Satã encarnado que aterrorizava o mundo e a propaganda do teu governo o apontava como “o eixo do mal”. Isso serviu de pretexto para declarar as guerras desejadas que o complexo industrial militar necessitava para vender seus produtos de morte.<br />
Tu sabes que investigadores do trágico 11 de setembro assinalam que o atentado teve muito de “auto golpe”, como o avião contra o Pentágono e o esvaziamento prévios de escritórios das torres; atentado que deu motivo para desatar a guerra contra o Iraque e o Afeganistão, argumentando com a mentira e a soberba do poder que estão fazendo isso para salvar o povo, em nome da “liberdade e defesa da democracia”, com o cinismo de dizer que a morte de mulheres e crianças são “danos colaterais”. Vivi isso no Iraque, em Bagdá, com os bombardeios na cidade, no hospital pediátrico e no refúgio de crianças que foram vítimas desses “danos colaterais”.<br />
A palavra é esvaziada de valores e conteúdo, razão pela qual chamas o assassinato de “morte” e que, por fim, os EUA “mataram” Bin Laden. Não trato de justificá-lo sob nenhum conceito, sou contra todas as formas de terrorismo, desde a praticada por esses grupos armados até o terrorismo de Estado que o teu país exerce em diversas partes do mundo apoiando ditadores, impondo bases militares e intervenção armada, exercendo a violência para manter-se pelo terror no eixo do poder mundial. Há um só eixo do mal? Como o chamarias?<br />
Será que é por esse motivo que o povo dos EUA vive com tanto medo de represálias daqueles que chamam de “eixo do mal”? É simplismo e hipocrisia querer justificar o injustificável.<br />
A Paz é uma dinâmica de vida nas relações entre as pessoas e os povos; é um desafio à consciência da humanidade, seu caminho é trabalhoso, cotidiano e portador de esperança, onde os povos são construtores de sua própria vida e de sua própria história. A Paz não é dada de presente, ela se constrói e isso é o que te falta meu caro, coragem para assumir a responsabilidade histórica com teu povo e a humanidade.<br />
Não podes viver no labirinto do medo e da dominação daqueles que governam os EUA, desconhecendo os tratados internacionais, os pactos e protocolos, de governos que assinam, mas não ratificam nada e não cumprem nenhum dos acordos, mas pretendem falar em nome da liberdade e do direito. Como podes falar de Paz se não queres assumir nenhum compromisso, a não ser com os interesses de teu país?<br />
Como podes falar da liberdade quando tem na prisão pessoas inocentes em Guantánamo, nos EUA e nas prisões do Iraque, como a de Abu Graib e do Afeganistão?<br />
Como podes falar de direitos humanos e da dignidade dos povos quando violas ambos permanentemente e bloqueias quem não compartilha tua ideologia, obrigando-o a suportar teus abusos?<br />
Como podes enviar forças militares ao Haiti, depois do terremoto devastador, e não ajuda humanitária a esse povo sofrido?<br />
Como podes falar de liberdade quando massacras povos no Oriente Médio e propagas guerras e torturas, em conflitos intermináveis que sangram palestinos e israelenses?<br />
Barack, olhas para cima de teu labirinto e poderás encontrar a estrela para te guiar, ainda que saibas que nunca poderás alcançá-la, como bem diz Eduardo Galeano. Busca a coerência entre o que dizes e fazes, essa é a única forma de não perder o rumo. É um desafio da vida.<br />
O Nobel da Paz é um instrumento ao serviço dos povos, nunca para a vaidade pessoal.<br />
Te desejo muita força e esperança e esperamos que tenhas a coragem de corrigir o caminho e encontrar a sabedoria da Paz.<br />
Adolfo Pérez Esquivel, Nobel da Paz 1980.<br />
Buenos Aires, 5 de maio de 2011zacharias bezerra de oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06155679469633575556noreply@blogger.com0